Autor(a): Shona MacLean
Editora: Record
Ano de Publicação: 2008
Número de Páginas: 319
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥
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"Ela pegou as moedas e levantou o rosto, como se fosse me beijar, mas não fez isso. Sussurrou apressadamente no meu ouvido quando vieram tirá-la de perto de mim. - 'James e as flores', Sr Seaton, foram as últimas palavras que ele me disse."
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"Ela pegou as moedas e levantou o rosto, como se fosse me beijar, mas não fez isso. Sussurrou apressadamente no meu ouvido quando vieram tirá-la de perto de mim. - 'James e as flores', Sr Seaton, foram as últimas palavras que ele me disse."
O primeiro romance da escritora Shona MacLean se passa no burgo de Banff, na Escócia, no ano de 1620, onde o clima religioso é tão inóspito quanto o tempo, trazendo mistérios, ira, luxúria, orgulho, para não mencionar ganância e avareza, como pano de fundo. Uma época onde existia não só a luta entre as igrejas católicas e protestantes, mas também a luta entre o fanatismo religioso e a razão.
Escócia, 1620. O jovem rapaz que vaga pelas ruas está apenas bêbado ou o seu andar hesitante pode significar algo mais sinistro? Quando ele finalmente desaba na escuridão em meio a uma tempestade, apenas duas mulheres testemunha a cena. Ambas acreditam que ele foi envenenado. Assim começa a história da morte de Patrick Davidson e da possibilidade de redenção para Alexander Seaton, um aspirante a ministro da Igreja da Escócia que nunca chegou a exercer suas funções. Quando o corpo contorcido do aprendiz de boticário é encontrado sobre a mesa de trabalho de Seaton, a investigação do assassinato o levará a lugares muito mais sombrios. Não só àqueles que se escondem nas ruas do burgo, mas também os que há anos preenchem seu coração.
Alexander, além de ter seu futuro como ministro da igreja protestante arruinado por situações do passado que ele e os moradores do burgo não conseguem esquecer, agora deve lidar com a acusação de um dos seus poucos amigos, Charles Thom, como suspeito do assassinato do aprendiz de boticário. Ele se empenha então a limpar o nome do jovem e se torna peça fundamental na investigação liderada pelo delegado William Buchan, e conta com o auxílio do seu amigo e respeitável médico, James Jaffray. Vários mistérios rondam o caso: mapas da costa da cidade de possível autoria da vítima, que sugerem espionagem papista, uma flor bela e letal, outros assassinatos decorrentes do primeiro, entre outras incógnitas, a loucura da caça às bruxas e o preconceito religioso cruzam o caminho de Alexander. Essa jornada também será uma busca pessoal para ele: uma chance de encontrar a fé em Deus, em si mesmo e no futuro.
Muito bem escrito, com uma linguagem de fácil compreensão e de uma recriação história com qualidade e riqueza de detalhes que faz você se sentir caminhando junto com os personagens nas ruas fétidas da Escócia do ano de 1620. Você é apresentado aos sentimentos de culpa e arrependimento do personagem título e ao medo e insegurança da sociedade do século XVII. O medo de papistas e bruxas e a intolerância religiosa reinam na época descrita, "uma provocante recriação história" segundo o jornal britânico The Guardian. Vi esse livro numa livraria e, apesar de dizerem que não se deve julgar um livro pela capa, comprei mais por causa dela. E não me arrependi. Não conseguia fechar o livro e me surpreendia com as tramas nelas contidas a cada página que virava. Só fiquei com a sensação de que a história não acabava por aqui, mas não encontrei nada falando sobre uma possível continuação do livro. De qualquer forma, adorei e recomendo! Boa leitura!
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