Livro: O Pequeno Príncipe

"Back in black, I hit the sack

I've been too long, I'm glad to be back..." ♪

Oh, oi pessoal, vocês estão aí, quanto tempo hein? E eu aqui cantando meu retorno glorioso rsrs... Bem, vamos ao que interessa, temos muito que fazer, muitos livros foram lidos nesse tempo todo e preciso atualizar vocês sobre cada um deles. E pra recomeçar com chave de ouro, contarei minha experiência sobre um dos livros mais lidos em todo mundo e que, apesar de ter sido escrito para crianças, possui um grande teor poético e filosófico, atraindo milhões de fãs de todas as idades, inclusive eu: O Pequeno Príncipe!

Livro: O Pequeno Príncipe

Autor: Antoine de Saint-Exupéry

Editora: Agir

Número de Páginas: 104

Ano de publicação: 1943

"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa."

Quem não conhece a história do aviador que quando criança desenhou uma jiboia digerindo um elefante, mas que todo mundo enxergava um chapéu? E a de um pequeno garoto que morava num asteroide na companhia de uma rosa, resolveu conhecer outros lugares e um dia conheceu uma raposa do nosso planeta que lhe ensinou o real significado da amizade e o que queria dizer cativar? Acho que até meus gatos conhecem essa história. Ai vocês se perguntam: "Por que comentar sobre um livro que todos já conhecem?" Porque o blog é meu Porque só recentemente tive o prazer de lê-lo (sim, podem me chamar de sem infância). E ao lê-lo, descobri o quanto um livro infantil pode ser magnífico. E se você, como eu, já passou dos 20 e ainda não leu, leia. Agora! 

O livro começa com um aviador contando sua história. Anos depois, após uma pane no seu avião, ele acaba parando no meio do deserto do Saara, na África. Perdido e tentando fazer com que seu avião volte a funcionar antes que sua reserva de água acabe, o aviador é surpreendido por um menininho com roupas estranhas, cabelo da cor de trigo e que lhe enche de perguntas. O aviador então o chama de Pequeno Príncipe. A partir daí inicia-se uma grande amizade entre ambos e o pequeno príncipe narra suas aventuras até chegar ao planeta Terra. Ele conta que veio de muito longe em busca de uma aventura e morava num asteroide, o B-612, onde ele cria três vulcões -  um deles desativado - e uma rosa envolta numa redoma. Disposto a conhecer o que o universo poderia lhe proporcionar, o rapazinho viaja por outros asteroides conhecendo novas pessoas e com cada uma delas aprendendo novas lições sobre a vida. 

Ao chegar ao nosso planeta, o príncipe demonstra, sempre inocente mas com muita sabedoria, sua opinião sobre a Terra e o quão solitário nosso planeta pode ser. 

"‘Que planeta engraçado!’, pensou então. 'É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz… No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro'." 

Até encontrar-se com o narrador, o príncipe caminha por dias na Terra a procura de uma vivalma para conversar e aprende algumas lições ao passar por situações que irão lhe ensinar a ter uma nova visão sobre o mundo e inclusive sobre o mundo que ele deixou para trás, o seu asteroide. Um dos seus encontros mais comentados e relembrados é o com a raposa. O encontro com a raposa é um dos mais importantes por trazer o momento em que a raposa diz ser responsabilidade do príncipe cativá-la. Essa é a mensagem que fica em relação à amizade, o cativar está relacionado com o cuidado, com o vínculo e com a afetação, "cativar significa criar laços". 

Antoine de Saint-Exupéry resgatou a criança que existe em cada um de nós, com encanto, ética e beleza. "As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas,e é cansativo para as crianças estar a toda hora explicando." Por isso que resolvi expressar para vocês minha opinião sobre o livro. Você não precisa ser uma criança para lê-lo, apenas precisa deixar de agir como um robô frio, chato e rotineiro, e às vezes tentar enxergar o mundo com menos preocupação e mais pureza, para perceber a beleza existente nas coisas mais simples e que geralmente passa despercebida ao nossos olhos. E aí que devemos enxergar com o coração. Boa leitura!

"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."