11/09/2014

Série: Outlander

Título: Outlander
Gênero: Drama, Romance, Ação, Aventura, Época.
Canal: Starz
Direção: Ronald D. Moore
Elenco: Caitriona Balfe (Claire Randall/ Beauchamp), Sam Heughan (Jamie MacKenzie Fraser/MacTavish), Tobias Menzies (Frank e Jonathan Randall), Graham McTavish (Dougal MacKenzie), Duncan Lacroix (Murtagh Fraser), Grant O'Rurke (Rupert MacKenzie), Stephen Walters (Anghus Mhor), Gary Lewis (Colum MacKenzie), Lotte Verbeck (Geillis Duncan), Laura Donelly (Jenny Fraser), AnNette Badland (Ms. Fitzgibbons).
Ano de estreia: 2014 (Reino Unido e E.U.A.)
Número de temporadas: 1 (em produção)
Duração dos Episódios: 50 minutos.
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥


"Sing me a song of a lass that is gone,
Say, could that lass be I?
Merry of soul she sailed on a day
Over the sea to Sky."

Não, dessa vez não é nada de terror. Juro. Eu também gosto de outros gêneros, e quando são de época, aí é que são meus favoritos! Sou fã de História e Outlander cai como uma luva para quem gosta. E também para quem gosta de paisagens e sotaques europeus, gaitas de fole, kilts, músicas folks, guerras históricas, castelos, vinho etc. Como eu gosto de tudo isso, não poderia deixar de acompanhar essa série. E digo logo: com apenas 5 episódios, pois a primeira temporada ainda está rolando, posso afirmar que Outlander é maravilhosa! 

Primeiramente para entender o enredo da série, você precisa saber a etimologia da palavra outlander.  A tradução mais correta é que outlander significa forasteiro, estranho, aquele que não é nativo de um determinado lugar. Em escocês e irlandês, a palavra é sassenach (derivada de sasunnoch) e era mais utilizada quando o forasteiro era um inglês (sentiu a semelhança com "saxão"? Pois é), seus inimigos de guerra. Já deu para entender aí um pouco do que encontramos em Outlander.


A série é baseada no livro de mesmo nome da escritora Diana Gabaldon (inclusive aceito presentes), que aqui no Brasil foi intitulado de  "A Viajante do Tempo". A adaptação ficou por conta do canal  Starz. O episódio piloto foi lançado nos Estados Unidos dia 09/08/2014 e já tivemos a exibição de 5 episódios de 16. Quando ouvi falar em Outlander, fiquei obcecada ao ponto de sonhar com os próximos episódios todos os dias *-*. A série, além de histórica, reúne também uma coisa que o homem sempre sonhou em realizar mas aparentemente até hoje nunca conseguiu: viajar no tempo.

Em Outlander temos duas épocas: Século 20 e Século 18. Conhecemos a inglesa Claire Randall (Caitriona Balfe), uma enfermeira que esteve presente na Segunda Guerra Mundial (século 20), e durante cinco anos trabalhou nos campos de batalha pelos Aliados (que ganharam a guerra). Seis meses após voltar da guerra tentando refazer a vida ao lado do marido Frank Randall (Tobias Menzes), os dois resolvem fazer uma viagem como um segunda lua de mel, para as highlands, mais precisamente Irveness, na Escócia. Unindo o útil ao agradável, Frank, historiador, também pretendia com a viagem conhecer um pouco mais sobre seu antepassado capitão Jonathan Randall, que lutou no século 18 contra os escoceses; enquanto Claire, que havia sido criada por um tio arqueólogo, queria desenvolver ainda mais suas habilidades em botânica, principalmente ervas medicinais. E ambos queriam redescobrir um ao outro e retomar a relação depois de tanto tempo afastados.


Os primeiros 20 minutos do episódio piloto é fascinante e ao mesmo tempo parado. Enquanto temos uma fotografia maravilhosa das paisagens escocesas, cenários de guerra entre escoceses e britânicos, ruínas de castelos, a espera pela tal viagem no tempo faz com que você crie uma expectativa que vai morrendo aos poucos quando vemos que a coisa não anda muito rápido. Mas é só ai. Porque depois de meia hora de episódio, finalmente a série "começa" e não para mais! Quando acaba, você fica na vontade da continuação (eu disse que fico sonhando com os próximos episódios).


Curiosamente, a chegada de ambos a Inverness coincidiu com o período de Samhain, mais conhecido atualmente como a festa de Halloween. Na Escócia, o povo era muito supersticioso e mantinha diversas tradições celta de rituais e adoração de deuses, mesmo sendo a maioria católica (até o padre curtia a festa), um prato cheio para Frank, que estava se deliciando com a imersão naquele universo repleto de lendas. Certa manhã, ele convidou Claire para assistir a uma cerimônia num lugar chamado Craigh na Dun. Lá, diversas druidas rodopiavam num círculo de pedras que foram trazidas da África por celtas gigantes, de acordo com o folclore local. Claire ficou hipnotizada com a dança, a música e a devoção daquelas mulheres, mas ela sabia que não deviam estar ali, espionando um rito tão antigo e poderoso. Depois de encerrado o ritual, Claire se deparou com uma flor que chamou sua atenção, mas não soube identificar qual era. Cismada, retornou novamente ao local, sozinha, no intuito de coletar e classificar a pequena planta, mas foi atraída por uma daquelas pedras ancestrais, misteriosamente. Ao tocá-la, sentiu-se no olho de um furacão e caiu desacordada.


Quando acorda, tenta retornar a Iverness, mas não consegue encontrar a estrada para a pequena cidade, que agora mais parece um vilarejo. Tenta se locomover no meio da floresta, agora ainda mais espessa, e repente, se vê no meio de um tiroteio. Acredita que estava num cenário de filmagens, mas quando um dos homens vestido de soldado britânico atira contra ela e erra, Claire percebe que não se tratava de filme nenhum e que algo a fez voltar para o passado. Apesar de não acreditar nesse tipo coisa, essa parecia ser a única explicação. Fugiu, com medo de ser pega, e caiu nas garras de um malfeitor que era nada mais, nada menos, do que Jonathan Randall. Mas como poderia ser? E o mais impressionante é que Black Jack, como era chamado, era a cara do seu marido Frank. Porém antes que Jonathan a violentasse, aparece um escocês que a resgata e a leva ao encontro de seus amigos, que lutavam contra os britânicos. Lá, a sassenach prefere dar seu nome de solteira (Claire Beauchamp), com medo de que os homens a considerassem inimiga, já que Randall era o sobrenome do inglês inimigo. Todos estranham aquela mulher com um vestido nos joelhos, que adorava um palavrão e não tinha medo de enfrentar nenhum homem, demonstrando ser uma mulher independente, ou seja, muito a frente daquele tempo. Mas, para não ser taxada nem de inimiga e nem de bruxa ou enviada do demônio, não fala nada sobre sua possível viagem no tempo. Diz apenas que fazia uma viagem com seu marido que aparentemente morreu ao serem saqueados.


Após tratar de um dos escoceses feridos, Jamie lindo Fraser (Sam Heughan), sobrinho do chefe dos MacKenzie, ela então é considerada curandeira e possível espiã por Dougal MacKenzie (Graham McTavish) - um dos líderes e irmão do chefão do clã - e é levada para o Castelo de Leoch, onde vive os chefe do clã escocês, Colum MacKenzie (Gary Lewis), no ano de 1743.  Claire lutava para manter a mente sã, e sua racionalidade recusava-se a acreditar no que via, mas no fundo ela sabia que não estava mais no século 20. Em questão de poucos dias, Claire já havia sido agredida, ameaçada, sequestrada e quase estuprada. Ainda assim, ela desconfiava que a sua jornada não havia nem começado. O que será da vida de Claire? Será que conseguirá retornar para o seu tempo e reencontrar Frank? Ou será que seu futuro está justamente no passado, ao lado de um certo escocês?


Com uma abertura e trilha sonora fantástica, narração em primeira pessoa, atuações impecáveis, uma história no mínimo intrigante, Outlander já me ganhou. Não só a mim, pelo que parece, pois nem bem começou e já foi renovada para a segunda temporada! Óbvio que eu recomendo!

Trailer:




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