Título: Perdido em Marte
Autor: Andy Weir
Editora: Arqueiro
Ano de Publicação: 2011
Número de Páginas: 336
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
"DIÁRIO DE BORDO: SOL 34
As coisas finalmente estão saindo como eu quero. Aliás, estão ótimas! Enfim, tenho uma chance de sobreviver!
DIÁRIO DE BORDO: SOL 37
Estou fodido e vou morrer!"
Hoje foi o dia de fugir um pouco do mundo das trevas do #OutubroDasTrevas e resenhar o livro da nossa parceria. Milena postou mais cedo A Irmandade Perdida, de Annie Fortier, e agora é minha vez. Apesar de terem sido lançados em Setembro, a greve dos Correios só nos permitiu postá-los hoje. Sem mais delongas, vamos ao que interessa.
Se você é fã de ficção científica, não pode deixar de ler esse livro. Se não é fã, também irá gostar! Primeiro lugar na lista do The New York Times, Perdido em Marte conta, em primeira pessoa, a desastrosa história de sobrevivência de um astronauta que por causa de um acidente, acaba ficando sozinho naquele planeta, sem água, comida, oxigênio ou outros seres vivos em abundância.
Se você é fã de ficção científica, não pode deixar de ler esse livro. Se não é fã, também irá gostar! Primeiro lugar na lista do The New York Times, Perdido em Marte conta, em primeira pessoa, a desastrosa história de sobrevivência de um astronauta que por causa de um acidente, acaba ficando sozinho naquele planeta, sem água, comida, oxigênio ou outros seres vivos em abundância.
Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho. Sua missão, a Ares 3, precisa ser abortada rapidamente por causa de uma tempestade de areia fortíssima que pode colocar em risco a vida de todos os tripulantes. Eles saem com pressa do Hab (o habitat onde a tripulação estava acampada e trabalhava) e seguem para o módulo que os levará à órbita. Em meio aos fortes ventos, uma antena do Hab se solta e acerta Watney, que desaparece carregado para longe pela ventania. Seus colegas, seguindo o regulamento e sem ter o que fazer para resgatá-lo no meio daquela tormenta, decidem ir embora para a Terra.
Só que Mark não estava morto! Ele acorda de repente, deitado no solo de Marte, mas ainda respirando, e com um rasgo no seu traje. Nada que comprometa sua sobrevivência. Parece ótimo, mas havia um porém: estava completamente sozinho e não tinha como avisar às pessoas na Terra de que estava vivo. Eu provavelmente arrancaria meus cabelos de desespero, mas, usando suas habilidades em botânica e engenharia, Mark começa a pensar numa forma de sobreviver até a próxima missão à Marte, Ares 4, quatros anos depois. Sim, quatro anos! Ou você acha que viajar da Terra para Marte é como ir na cidade vizinha? Além do tempo que se passa no espaço, ir e voltar a Marte leva meses de preparação, até o posicionamento do planeta é estudado para diminuir os custos do lançamento.
Mesmo racionando os suprimentos, ele percebe que não poderia sobreviver todos esses anos. A não ser que usasse as batatas que a NASA havia enviado junto com os suprimentos para o Dia de Ação de Graças, como a base para uma horta. E é isso que ele resolve fazer, usar muita Ciência para se salvar. Calculando quantas calorias iria precisar para se manter vivo até a próxima Ares, Mark inicia uma plantação de batatas, mesmo com o solo infértil de Marte e a falta de bactérias para a fertilização. Mas espere, nem tudo está perdido. Mark é um ser humano, e os dejetos dos seres humanos possuem bactérias! Pode soar nojento, mas fezes humanas são utilizadas como adubo há séculos. Apesar de não ser a melhor forma de fertilizante, por causa das doenças que podem ser transmitidas, Mark utiliza suas próprias fezes, afinal todos os patógenos existentes ali são os que ele já possui. Outro detalhe importante, foi que a NASA havia mandado também um pouco de solo terrestre e sementes, pois um dos estudos de Mark na missão era justamente testar como as plantas cresceriam em Marte. A plantação de batatas estava salva!
Só que surge outro problema: água. A quantidade de água que ele possuía não iria durar quatro anos, principalmente agora que precisava regar sua plantação. Como sabemos, Marte não tem água. E agora? É então que ele resolve fazer umas das coisas que eu mais achei brilhante nesse livro: criar água. Mesmo com alguns problemas, a partir de moléculas de hidrazina (Nitrogênio+Hidrogênio) tiradas do combustível que estava sobrando e aproveitando o oxigênio do oxigenador do Hab, ele consegue criar moléculas de H2O. Um gênio! Oxigênio, ok. Comida, ok. Água, ok. Agora, mais um problema a ser resolvido: como avisar a Terra de que estava vivo, para que soubessem que ele precisaria voltar para casa na Ares 4? E principalmente, como deixar o Hab, o único local em que podia sobreviver numa boa, para chegar ao local onde a Ares 4 pousaria em Marte?
Bom, para descobrir se ele consegue se comunicar com a NASA e retornar, eu recomendo que vocês leiam o livro. Geralmente, livros que contam histórias de desastres, como esse, seriam tristes e depressivos. Pode se preparar para muitas risadas. O bom humor de Mark é incrível. Ele consegue transformar situações desastrosas em ótimas piadas. Seu tom irônico é o que deixa o livro mais leve. Mesmo que tudo dê errado e ele enfim pereça, ele não perde a oportunidade de rir de tudo isso. Obrigada, Editora Arqueiro, por nos ceder este exemplar. Estava louca para ver adaptação com Matt Damon e direção de Ridley Scott, e quando soube do livro quis lê-lo primeiro o quanto antes! Mark é um Robinson Crusoé do espaço! Boa leitura!
*P.S.: Sempre carregue um rolo de fita adesiva com você! ;)
Trailer do filme:
*"Sim, é claro que fita adesiva funciona em um ambiente de quase vácuo. Funciona em qualquer lugar. Fita adesiva é algo mágico e deve ser reverenciada." p. 202
Mariana, eu não li o livro, mas também não acompanhei Perdido em Marte nos cinemas. Mas, tenho uma grande curiosidade - pelo filme - por ser ficção científica, enquanto livros do gênero não me agradam muito, observo uma leitura rebuscada. Perdido em Marte parece cativante, estou em dúvidas sobre a leitura, mas todo este processo de abandono, busca por água e resgate me encantaram. Quero!
ResponderExcluirEle é bem leve, o linguajar científico é bem explicadinho por Mark, não é rebuscado ao ponto de vc ficar boiando sem entender, muito bom :)
ExcluirEu quero muito ler esse livro, está em minha lista de leituras a algum tempo já e estou ansiosa pois quero assisti o filme mas quero ler o livro primeiro, sua resenha está muito boa e o livro parece ser ótimo.
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