Título: Vidas Secas
Autor: Graciliano Ramos
Editora: Record
Ano de Publicação: 1938
Número de Páginas: 175
Minha avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
"Você é um bicho, Fabiano!"
Sinopse: Vidas Secas, romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época. O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso econômico dos adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que ali estão. Fonte: Guia do Estudante
Vidas Secas é o quarto romance do escritor brasileiro Graciliano Ramos. Inspirou-se em muitas histórias que acompanhava na infância sobre a vida castigada de retirantes nordestinos na década de 30, época em que houve grandes acontecimentos históricos no país, como o Governo Vargas, Lampião, Oligarquias Políticas, as Crises Cafeeira e Econômica da Bolsa de Valores de Nova Iorque, e inclusive um período de seca devastadora na região do sertão nordestino, que impulsionou a migração da população nordestina para outras regiões em busca de trabalho e melhoria de vida.
No livro, somos apresentados a Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, seus filhos conhecidos apenas por "Menino Mais Velho" e "Menino Mais Novo", e a cachorrinha Baleia. Todos são obrigados a se deslocar de tempos em tempos, devido a grande estiagem. Fabiano, ruivo e de olhos azuis, é um homem pobre, magro e sem estudo, que procura desesperadamente por trabalho, bebe muito e fala pouco, na verdade, como o autor descreve, grunhe. Sua esposa é forte e lutadora, é quem sabe mais alguma coisa e deseja melhorar de vida e, para começar, queria uma boa cama. Os filhos não possuem nomes, uma forma utilizada pelo autor de mostrar a falta de identidade vivida por essas pessoas. A cachorra Baleia é a mais humanizada da história, lhes são descritos sentimentos como dor, tristeza e alegria, ganha um capítulo só para si (muito triste, por sinal), sendo uma das personagens com o momento mais dramático do livro, lembrada eternamente. Até quem não leu o livro sabe quem é a cachorra Baleia.
Um livro maravilho, que faz parte dos meus favoritos e eu recomendo muito. Graciliano não só narra os problemas da seca de 1930, como também narra os problemas vividos pelos retirantes, homens simples e oprimidos pela natureza seca, pela sociedade e esquecidos pelo governo. Um ótimo livro para conhecer a história do Brasil e refletir sobre a relação do homem com o meio em que vive. Boa leitura!
No livro, somos apresentados a Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, seus filhos conhecidos apenas por "Menino Mais Velho" e "Menino Mais Novo", e a cachorrinha Baleia. Todos são obrigados a se deslocar de tempos em tempos, devido a grande estiagem. Fabiano, ruivo e de olhos azuis, é um homem pobre, magro e sem estudo, que procura desesperadamente por trabalho, bebe muito e fala pouco, na verdade, como o autor descreve, grunhe. Sua esposa é forte e lutadora, é quem sabe mais alguma coisa e deseja melhorar de vida e, para começar, queria uma boa cama. Os filhos não possuem nomes, uma forma utilizada pelo autor de mostrar a falta de identidade vivida por essas pessoas. A cachorra Baleia é a mais humanizada da história, lhes são descritos sentimentos como dor, tristeza e alegria, ganha um capítulo só para si (muito triste, por sinal), sendo uma das personagens com o momento mais dramático do livro, lembrada eternamente. Até quem não leu o livro sabe quem é a cachorra Baleia.
Um livro maravilho, que faz parte dos meus favoritos e eu recomendo muito. Graciliano não só narra os problemas da seca de 1930, como também narra os problemas vividos pelos retirantes, homens simples e oprimidos pela natureza seca, pela sociedade e esquecidos pelo governo. Um ótimo livro para conhecer a história do Brasil e refletir sobre a relação do homem com o meio em que vive. Boa leitura!
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