Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Número de Páginas: 328
Ano de Publicação: 2016
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥
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"Também sabia que não seria capaz de esquecê-lo. Mas era uma cruz que teria de carregar em silêncio. Silêncio. Eu já deveria estar acostumada com isso àquela altura."
Quando me deparei com o anúncio desse livro e com sua sinopse, me apaixonei e desejei muito possuí-lo e lê-lo. Não demorei muito e consegui concretizar as duas coisas. Essa capa impecável e o enredo sobre sereias me conquistaram. E ainda tinha a cereja do bolo: a autora era Kiera Cass, famosa pela série A Seleção (da qual só li o primeiro livro, devo confessar, mas gostei muito da distopia e pretendo ler os outros). Imaginei como seria toda a história de amor entre um humano e uma sereia que não podiam ficar juntos, conforme descrevia a sinopse. Apesar de clichê, eu adoro mitologia e histórias de sereias são sempre cativantes. Mas - você já devia estar esperando por esse mas rs - preciso dizer que A Sereia não é melhor que A Seleção. Aliás, não chega perto. É um livro bom.
Você precisa saber que não vai encontrar sereias iguais as que já conhecemos nas lendas por ai. São mulheres belíssimas, sim; que cantam para atrair homens (e neste caso, mulheres também) e matá-los afogados, sim; não envelhecem, sim; mas as sereias de Kiera Cass têm algumas peculiaridades. Se tornar uma sereia significa receber uma segunda chance, uma oportunidade de continuar vivendo em vez de morrer afogada no mar. Mas tudo tem um preço. Anos atrás, Kahlen, uma jovem da década de 1930, foi salva de um naufrágio pela própria Água. Porque o A é maiúsculo? Porque aqui a Água é uma entidade, que fala com as sereias e tem sentimentos. Quase uma mãe para elas. Pois bem, para pagar sua dívida com a Água, Kahlen se torna uma sereia e, durante 100 anos, precisará usar sua voz para atrair pessoas até o mar e afogá-las.
É isso mesmo: a Água se alimenta dos seres humanos. Um naufrágio é um verdadeiro banquete. Não que Ela goste disso, e muito menos as sereias gostam de causar todo esse sofrimento, mas é um mal necessário. Além dos 100 anos como escrava/filha da Água, todas as sereias não envelhecem, não precisam comer, nem se machucam ou ficam doentes, e ainda são donas de uma beleza estonteante. Podem viver no mundo dos humanos, mas não devem falar em hipótese alguma, a não ser na hora do seu canto mortal. Ninguém deve sequer cogitar que elas são sereias. Passado os 100 anos, voltam a ser humanas sem se lembrar de nada.
Oitenta anos depois, Kahlen parece ser a sereia mais dedicada. Cumpre seu dever sem reclamar. Suas irmãs Miaka, Elizabeth e a mais recente Padma, a consideram um exemplo de disciplina a ser seguido. Mas Kahlen guarda uma culpa enorme por todas as vidas que tirou, anotando em cadernos todas as informações que consegue descobrir das pessoas que matou ao longo desses 80 anos. Não precisa dormir, mas o faz mesmo sabendo que terá pesadelos com os mortos.
Kahlen estava decidida a cumprir sua sentença a risca até conhecer Akinli, um rapaz lindo, carinhoso e gentil, que parece enxergar além de sua beleza de sereia. Apesar de se fingir de muda para ele, Akinli simplesmente ignora esse fato e faz de tudo para conseguir se comunicar com Kahlen, o que faz surgir uma conexão intensa entre os dois. Mas se apaixonar por um humano é uma infração grave às regras da Água, que se descobrir, vai obrigar a sereia a abandoná-lo. O problema é que Akinli começa a ganhar o coração de Kahlen e abandoná-lo vai ser difícil. Será que ela vai enfim desobedecer a Àgua?
Quando me deparei com o anúncio desse livro e com sua sinopse, me apaixonei e desejei muito possuí-lo e lê-lo. Não demorei muito e consegui concretizar as duas coisas. Essa capa impecável e o enredo sobre sereias me conquistaram. E ainda tinha a cereja do bolo: a autora era Kiera Cass, famosa pela série A Seleção (da qual só li o primeiro livro, devo confessar, mas gostei muito da distopia e pretendo ler os outros). Imaginei como seria toda a história de amor entre um humano e uma sereia que não podiam ficar juntos, conforme descrevia a sinopse. Apesar de clichê, eu adoro mitologia e histórias de sereias são sempre cativantes. Mas - você já devia estar esperando por esse mas rs - preciso dizer que A Sereia não é melhor que A Seleção. Aliás, não chega perto. É um livro bom.
Você precisa saber que não vai encontrar sereias iguais as que já conhecemos nas lendas por ai. São mulheres belíssimas, sim; que cantam para atrair homens (e neste caso, mulheres também) e matá-los afogados, sim; não envelhecem, sim; mas as sereias de Kiera Cass têm algumas peculiaridades. Se tornar uma sereia significa receber uma segunda chance, uma oportunidade de continuar vivendo em vez de morrer afogada no mar. Mas tudo tem um preço. Anos atrás, Kahlen, uma jovem da década de 1930, foi salva de um naufrágio pela própria Água. Porque o A é maiúsculo? Porque aqui a Água é uma entidade, que fala com as sereias e tem sentimentos. Quase uma mãe para elas. Pois bem, para pagar sua dívida com a Água, Kahlen se torna uma sereia e, durante 100 anos, precisará usar sua voz para atrair pessoas até o mar e afogá-las.
"Marilyn passou o braço pelos meus ombros, olhando na direção do naufrágio. Então, sussurrou no meu ouvido: - Você tem duas escolhas. Pode ficar conosco ou se juntar à sua mãe. Se juntar a ela. Não salvá-la."
É isso mesmo: a Água se alimenta dos seres humanos. Um naufrágio é um verdadeiro banquete. Não que Ela goste disso, e muito menos as sereias gostam de causar todo esse sofrimento, mas é um mal necessário. Além dos 100 anos como escrava/filha da Água, todas as sereias não envelhecem, não precisam comer, nem se machucam ou ficam doentes, e ainda são donas de uma beleza estonteante. Podem viver no mundo dos humanos, mas não devem falar em hipótese alguma, a não ser na hora do seu canto mortal. Ninguém deve sequer cogitar que elas são sereias. Passado os 100 anos, voltam a ser humanas sem se lembrar de nada.
Oitenta anos depois, Kahlen parece ser a sereia mais dedicada. Cumpre seu dever sem reclamar. Suas irmãs Miaka, Elizabeth e a mais recente Padma, a consideram um exemplo de disciplina a ser seguido. Mas Kahlen guarda uma culpa enorme por todas as vidas que tirou, anotando em cadernos todas as informações que consegue descobrir das pessoas que matou ao longo desses 80 anos. Não precisa dormir, mas o faz mesmo sabendo que terá pesadelos com os mortos.
"- (...) Às vezes, não sei mais pelo que vale a pena viver. Tento decorar as vidas que ajudei a tirar, mas não sei se isso me faz bem. E tento cuidar das minhas irmãs, mas acho que só isso não é o suficiente. Acho que ninguém seria capaz de existir por outra pessoa durante uma vida inteira."
Kahlen estava decidida a cumprir sua sentença a risca até conhecer Akinli, um rapaz lindo, carinhoso e gentil, que parece enxergar além de sua beleza de sereia. Apesar de se fingir de muda para ele, Akinli simplesmente ignora esse fato e faz de tudo para conseguir se comunicar com Kahlen, o que faz surgir uma conexão intensa entre os dois. Mas se apaixonar por um humano é uma infração grave às regras da Água, que se descobrir, vai obrigar a sereia a abandoná-lo. O problema é que Akinli começa a ganhar o coração de Kahlen e abandoná-lo vai ser difícil. Será que ela vai enfim desobedecer a Àgua?
"Ele era tão terno, tão aberto, tão cheio de uma alegria simples... O que eu tinha feito para chamar a atenção dele, para que ele se interessasse não só pela minha aparência, mas também pelo que eu pensava?"
Devo confessar que dei quatro corações a este livro por causa do final e dessa capa linda de morrer. Mas acho que ele merecia no máximo três. Veja bem, o livro não é ruim, pelo contrário, mas faltou algum tempero que o fizesse ser mais viciante. A leitura é fácil e fluida, o que te leva a terminar, apesar disso. Porém faltou alguma coisa. Talvez seja porque A Sereia foi o primeiro livro de Kiera Cass, anos antes de escrever A Seleção, e recentemente, depois do sucesso da série, ela resolveu republicar (tudo é explicado na carta da autora que a Editora Seguinte incluiu exclusivamente para os leitores brasileiros ♥).
Não curti muito a síndrome de Estocolmo que leva Kahlen e as outras a tratarem sua "carcereira" como uma mãe, mas era de se esperar que isso acontecesse, afinal apesar de prendê-las naquela vida de assassinatos durante 100 anos em troca da sobrevivência, a Água é super protetora e bem amorosa com as filhas (poucos momentos ela se enraivece com as garotas). Essa história de se martirizar, dormindo sem precisar sabendo que vai ter pesadelos e anotar as informações das pessoas que afogou, também são detalhes que transformam Kahlen numa protagonista muito depressiva e um pouco estúpida, daquelas que se angustiam demais e querem ajudar deus e o mundo quando na verdade quem mais precisa de ajuda são elas. Outro detalhe que não curtir muito: a forma de sereia das garotas. Não vou falar como é pra não soltar spoiler, mas pode esquecer o padrão a que estamos acostumados.
Apesar dos pesares, gostei muito da relação entre Kahlen e suas irmãs sereias, muito lindinha a forma como uma cuida das outras, praticamente "uma por todas, todas por uma". Enfim, sem mais delongas, se você nunca leu Kiera, não comece por A Sereia, vá primeiro para A Seleção. Se já conhece o trabalho da autora, não vá com muita sede ao pote pois poderá acabar engasgando com a Àgua rs. Boa leitura!
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