Gênero: Drama
Direção: Ferenc Török
Elenco: Péter Rudolf (Szentes István), Bence Tasnádi (Sr. Árpád), Tamás Szabó Kimmel (Jancsi), Dóra Sztarenki (Kisrózsi), Ági Szirtes (Sra. Kustár), József Szarvas (Kustár András), Eszter Nagy-Kálózy (Sra. Szentes), Iván Angelusz (Sámuel Hermann), Marcell Nagy (filho de Sámuel), János Derzsi (veterano de guerra).
Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento: 2018
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥
O filme húngaro 1945, lançado em 2018 e dirigido por Ferenc Török, lança mão das modernidades cinematográficas para apresentar, em aproximadamente 90 minutos, um enredo simples, porém tenso e dramático, inserido no pós-Segunda Guerra Mundial. 1945 passa longe do que estamos acostumados a ver em outras obras que abordam o mesmo tema, como batalhas, bombas, tiros, mortes, campos de concentração etc. A trama se concentra apenas no cotidiano de um vilarejo no interior da Hungria, logo após o final da Segunda Guerra.
Direção: Ferenc Török
Elenco: Péter Rudolf (Szentes István), Bence Tasnádi (Sr. Árpád), Tamás Szabó Kimmel (Jancsi), Dóra Sztarenki (Kisrózsi), Ági Szirtes (Sra. Kustár), József Szarvas (Kustár András), Eszter Nagy-Kálózy (Sra. Szentes), Iván Angelusz (Sámuel Hermann), Marcell Nagy (filho de Sámuel), János Derzsi (veterano de guerra).
Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento: 2018
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥
O filme húngaro 1945, lançado em 2018 e dirigido por Ferenc Török, lança mão das modernidades cinematográficas para apresentar, em aproximadamente 90 minutos, um enredo simples, porém tenso e dramático, inserido no pós-Segunda Guerra Mundial. 1945 passa longe do que estamos acostumados a ver em outras obras que abordam o mesmo tema, como batalhas, bombas, tiros, mortes, campos de concentração etc. A trama se concentra apenas no cotidiano de um vilarejo no interior da Hungria, logo após o final da Segunda Guerra.
Com o epílogo da guerra, em meio
a uma Europa ainda assolada pelos recentes acontecimentos, os poucos judeus que
sobreviveram à insanidade de Hitler retornam aos seus países de nascimento. O
longa-metragem em questão começa com dois judeus húngaros chegando ao seu
vilarejo de origem, o que deixa os habitantes do lugar paranoicos, temendo que
os silenciosos semitas buscassem vingança, disputar espaço no comércio local ou
reclamar seus bens, tomados pela população quando foram expulsos da vila, com
esse retorno inesperado.
Foto: Veja |
O vilarejo, que estava em festa
devido ao casamento entre dois jovens locais, assume praticamente um estado de
calamidade com a chegada dos dois senhores misteriosos e discretos, carregando
dois caixotes com destino a um cemitério; o que mais parecia ser o retorno dos
nazistas - para qualquer um que observasse a reação dos moradores sem saber do
que se tratava - era apenas um ponto final que seria acrescentado na história
de vida triste e sofrida de uma família judia perseguida e maltratada por um
tirano: o dois homens, pai e filho, queriam apenas enterrar os pertences de
seus entes queridos, ao que tudo indica, mortos durante a guerra.
Foto: SBS |
Mas a atmosfera de culpa
espalhada pelos moradores faz com que a vila mude totalmente sua rotina. Alguns
personagens agem com medo, chegando a esconder pertences valiosos, outros
partem para o ataque, mas o personagem que mais se destaca é Szentes István
(Péter Rudolf), um funcionário importante da cidade, e inclusive pai do noivo
do casamento que estava para acontecer; ele seria basicamente o vilão da
história: além de representar o machismo e a ideia de família tradicional – só
nas aparências – e estar obrigando o filho a se casar, Szentes teria adquirido
e repassado bens judeus de forma desonesta, e agora temia que a verdade viesse
à tona.
Foto: Cinema 10 |
Apesar do foco estar na visita
dos judeus, o filme possui outras tramas mescladas, como por exemplo, a traição
da noiva com o vizinho, seu verdadeiro amor, as ameaças que ela recebia da
sogra, a presença dos soviéticos, que invadiram o local antes do fim da guerra,
a fuga do noivo, incêndios criminosos, entre outros dramas, que contribuem para
montar o conjunto da obra.
Foto: Jornal O Globo |
Combinando o destaque ao clima
tenso e silencioso, com o filme totalmente gravado em preto e branco, com a
história se passando em apenas um dia e com uma paisagem vazia e desolada, 1945
é uma obra da sétima arte que possui em sua essência, ao meu ver, mostrar um
outro lado do antissemitismo, o que achei ser a jogada de mestre da produção: na
maioria das produções habituadas sob o mesmo tema, o preconceito contra judeus
parte dos nazista; em 1945, é a população simples de um vilarejo húngaro, que
também sofreu com o legado da guerra, quem se demonstra antissemita.
Trailer:
* Esta resenha foi escrita para uma avaliação da disciplina Teoria da Imagem e do Som, ministrada pela profª Mary Weinstein, do curso de Jornalismo-UESB. Posteriormente, foi adaptada para o blog.
Trailer:
* Esta resenha foi escrita para uma avaliação da disciplina Teoria da Imagem e do Som, ministrada pela profª Mary Weinstein, do curso de Jornalismo-UESB. Posteriormente, foi adaptada para o blog.
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