28/03/2012

Livro: Moby Dick (edição reduzida)


Livro: Moby Dick
Autor: Herman Melville
Editora: Grupo Editorial Record
Ano: 1851
Número de Páginas: 92 (Edição Reduzida)

“_Viver é, então, uma questão de vontade?_ perguntou alguém._ Certamente _ gritou o convalescente (Queequeg) _ Quando um homem está firmemente decidido a viver, não é uma simples doença que pode dar cabo dele. Quanto a mim, sei que para matar-me é necessário um cachalote ou um tufão. Nada menos do que isso.”
Moby Dick é um clássico da literatura norte-americana, escrito por Herman Melville em 1851, sendo que originalmente seu título era A Baleia. O livro foi revolucionário para a época, com descrições intricadas e imaginativas das aventuras do narrador-personagem, suas reflexões pessoais, e grandes trechos de não ficção, sobre variados assuntos, como baleias, métodos de caça, arpões, detalhes sobre as embarcações e sobre o armazenamento de produtos extraídos das baleias. Devo lembrar que eu li a versão reduzida. O original tem mais de 500 páginas! 

A história começa quando o marinheiro Ismael decide mudar de ramo dentre as atividades marítimas, e opta pela pesca de baleias. Então decide ir para New Bedford, Massachussets-EUA, lugar especializado na referida pesca, e conhece o marinheiro Queequeg que esta instalado na mesma hospedaria que ele, vindo a se tornar seu melhor amigo. Os dois embarcam no navio baleeiro The Pequod, comandado pelo capitão Ahad, um homem sombrio que ostenta uma enorme cicatriz do rosto ao pescoço e uma perna artificial, feita do osso de cachalote. Ahab é considerado por muitos como o diabo em pessoa, e seu navio, o inferno.

Os tripulantes do Pequod desejam acumular riquezas com o comércio da carne e do óleo das baleias, como também do âmbar cinzento (espécie de cera branca presente nos cachalotes, muito valiosa na época). Porém o comandante do navio está mais obcecado por encontrar a fera responsável por seus ferimentos e que nenhum arpoador jamais conseguiu abater, a temível "Moby Dick", um cachalote branco cheio de marcas de confrontos anteriores em seu corpo mutilado, tido como um monstro pelos baleeiros, os quais, segundo o autor, evitam confrontar-se com ele quando o avistam. Com esse intento, o capitão Ahab conduz o baleeiro e toda a sua tripulação por uma rota de perigos e incertezas, destinado a vingar-se da baleia.

Os detalhes contados com o realismo e propriedade de um escritor que viveu em barcos baleeiros são capazes de nos levar ao ambiente descrito e suas sensações. A descrição da forma como era realizada a pesca de baleias, nada bonito por sinal, e do armazenamento dos seus derivados, são de uma riqueza de detalhes incrível. O livro já serviu de base para alguns filmes, o primeiro sendo de 1956, com Gregory Peck como capitão Ahab. Recomendo! Boa leitura! 


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