Autor: Sidney Sheldon
Editora: Record
Ano: 1995
Número de Páginas: 148
“Moisés disse a seu povo que quem violasse aqueles mandamentos seria punido. Esse é o lado de Moisés. Mas vou contar algumas histórias sobre pessoas que violaram os mandamentos de Deus. O que aconteceu com elas? Tornaram-se ricas, famosas e felizes.”
Primeiro livro de contos do autor Sidney Sheldon,
Os Doze Mandamentos é uma sátira aos dez mandamentos da bíblia, que o escritor
aumenta para doze (são o... e o... – rá! Pegadinha da malandra, leia o livro e ai você fica sabendo quais são).
Mistura humor e ironia para contar histórias de pessoas que violaram os
mandamentos de Deus, que, segundo Moisés (por favor, Moisés não é o cara da
arca, é o cara do cajado que abriu o Mar Vermelho) diz na Bíblia, quem violasse
os 10 mandamentos de Deus seria seriamente punido sofrendo graves
consequências. Mas nas histórias de Sheldon acontece justamente o contrário (ou
não! Depende do ponto de vista =x).
Os
"pecadores", aqui, tornam-se ricos, famosos, felizes. Uma crítica
muito bem escrita sobre o fanatismo religioso. O livro é composto por doze
contos, que para mim mais parecem crônicas, cada um correspondente à quebra de
um dos doze mandamentos. Entre os personagens pecadores de Sheldon estão o próprio Moisés, que ao quebrar uma das tábuas e mentir para a galera que eram só duas, já estaria contrariando a regra; um padre que transgride
dois mandamentos e um homem de má sorte que, após infringir o quarto mandamento
- guardar os dias santos - enriquece. Tem também a história de um homem que
levantou falso testemunho, mas o resultado não foi lá muito bom, apesar de
achar que sua intenção era boa. E também a história de um homem que cobiçou o
bem alheio, fazendo sua família praticamente passar fome, só para juntar
dinheiro para comprar a casa caindo aos pedaços do vizinho. Final surpreendente
o dessa história.
O interessante da
narrativa é a forma de mostrar como os fanáticos religiosos levam ao pé da
letra o que está escrito na Bíblia, sem, necessariamente, entender ou
interpretar corretamente, agindo de forma leviana. Sou cristã católica, mas também não
sou uma carola que acha que o que está escrito nesse conjunto de livros é a lei
(lembre-se que a Bíblia foi ESCRITA e rerererererere....rerere-escrita pelo homem,
não por Deus). Acho que a intenção de Deus na difusão de Sua Palavra era que a humanidade lesse e interpretasse
o que queria dizer as grandes metáforas da Bíblia, seguindo uma vida de boas
ações, com humildade e principalmente amor. Bom, é só minha humilde opinião. Cada um
tem a sua, o importante é sabermos conviver uns com os outros. Talvez seja isso que está faltando para o mundo ser melhor, aprender o significado da palavra respeito. O livro é
realmente a cara do estilo das obras de Sidney Sheldon, bem irônicas, e muito
interessantes, deixando a mente livre para questionamentos intrigantes.
Recomendo muito! Boa leitura!
"Nós complicamos demais a vida, e por esse motivo sofremos tanto. Deus é simples. Prefere os caminhos inusitados. Olhe ao seu redor. Veja o que é pequeno, humano e torto. Ele costuma se esconder nestes lugares." - Padre Fábio de Melo
Por Mariana Oliveira
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