16/09/2014

Personagens fodas da Ficção: Death of Endless (Morte dos Perpétuos)


Olá queridos leitores! Acho que muita gente não chegou a ver esta nossa coluna, que estava a muito esquecida! O intuito dela é trazer um pouco mais sobre personagens fodas da ficção. Me sugeriram uma mudança de nome para a coluna, mas sinceramente, não quis fazer isso. Ia mudar o espírito da coisa, e não creio que seria mais a mesma coluna.
Bom, para os retornos das atividades, nada melhor que vir falar um pouco sobre um personagem que muito me encanta, Death of Endless, na tradução para o português, a Morte dos Perpétuos, da homônima HQ do Neil Gaiman, Sandman!



Sua primeira aparição foi na edição número 8 de Sandman, intitulada “O Som de Suas Asas”. Morpheus (o Sonho, que será abordado em outro post) está cabisbaixo, sentindo-se abatido e sem propósito, após ter concluído sua vingança e recuperado suas ferramentas. Então, ela aparece. Logo de cara da para saber sobre sua personalidade animada e atitude positiva, pois já chega fazendo referência a Mary Poppins (e depois detonando o Dream).
Mas vamos ao começo, literalmente. No momento em que o primeiro ser vivo surgiu, nasceu o Destino, e logo após ele, surgiu a Morte seguida pelo Sonho e os outros Perpétuos. Ela foi a segunda a nascer, pois, ao nascer todos ganhamos primeiramente um destino a seguir, e nele está o nosso último dia. O dia que vamos nos encontrar pela segunda vez com ela, a Morte.
A Morte é algo que todos temem, mas que inevitavelmente iremos encontrar em algum momento da nossa vida. Apesar de contraditório, ela é divertida e alegre, nada daquele estereótipo de capuz e foice com um esqueleto a tira colo. Ela simplesmente se parece com uma garota gótica, vestida toda de preto com seu Ankh (o símbolo da vida, um pingente que ela afirma ser de tudo o mais importante).
“Eu me surpreendo indagando sobre a humanidade. Sua atitude para com a dádiva de minha irmã é tão estranha. Por que temem as terras sem sol? É tão natural morrer quanto nascer. Mas todos têm medo, se apavoram. Debilmente tentam aplacar seu toque. Eles não a amam. Há milhares de anos ouvi uma canção de morte que a exaltava. Eu ainda me lembro.” (Dream sobre Death, Sandman #8)
Em um arco próprio, intitulado “Morte: o alto preço da vida” temos um pouco mais da Morte. Nele descobrimos que de tempos em tempos a nossa perpétua tem um dia como mortal, onde ao final deste inevitavelmente ela morre, para que assim possa se lembrar da importância de seu trabalho.
Ela faz outras aparições, não apenas em Sandman, como também em outras histórias como “Os Livros da Magia”, onde ela encontra-se com o jovem Timothy Hunter no fim do universo e diz que é a última, e assim apagará todas as luzes e trancará a porta, encerrando tudo.


Ela é o fim de tudo, e apesar de ser uma personagem de histórias em Quadrinhos, a Morte também é real. Ela é a nossa única certeza, não importa o quanto as coisas deem certo ou errado, todos teremos o mesmo fim. E acho que isso é reconfortante. Talvez seja por isso que de todos os personagens ela seja a minha favorita, ela simboliza a igualdade e me faz lembrar que não importa o que eu queira uma hora tudo isso vai acabar de uma forma ou de outra.



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