21/11/2016

Livro: Um Perfeito Cavalheiro (Série Os Bridgertons #3)

Título: Um Perfeito Cavalheiro (Série Os Bridgertons #3)
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Ano de Publicação: 2014
Número de Páginas: 304
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
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"Benedict segurou as mãos dela e as levou aos lábios, beijando uma de cada vez com toda a delicadeza.
- Então vamos começar agora mesmo - decretou ele. - E amanhã você estará transformada.
- Esta noite eu estou transformada - sussurrou ela. - Amanhã, eu desaparecerei.
Benedict a puxou para perto e deu um beijo breve e suave na sobrancelha dela.
- Então teremos que fazer uma vida inteira caber nesta noite."

"Julia Quinn é uma contadora de histórias perfeita." O Publishers Weekly disse e eu tenho que concordar. A queridinha dos romances históricos da atualidade ganhou o meu coração e o de muitos leitores ao redor do mundo. Em Um Perfeito Cavalheiro, Julia Quinn narra mais uma história de amor de um membro da numerosa família Bridgerton, que já conhecemos em O Duque e Eu e em O Visconde Que Me Amava. 

Nesse terceiro volume, a história é sobre Benedict Bridgerton, "o número 2", como ele mesmo define, dos irmãos. Por não ser o herdeiro do título de visconde e por não ter nada em especial, as pessoas o viam como apenas mais um Bridgerton e as mães casamenteiras o enxergavam apenas como um possível marido em potencial para suas filhas. Vamos conhecer mais a fundo a vida do rapaz, que seguia sem muitas reviravoltas desde a morte do pai, até a chegada de uma mulher misteriosa. Durante uma festa à fantasia na casa da família, Benedict se encanta por uma dama vestida de prata, que nada revela sobre seu nome ou origem. Para piorar, à meia-noite a moça foge, deixando para trás apenas um par de suas luvas prateadas, e quase nenhuma perspectiva para que Benedict a veja novamente. 

Outra personagem nos é apresentada neste livro: Sophie Beckett é uma jovem que nunca soube o que era ser amada. Sua mãe morreu no parto, e seu pai era o conde de Penwood. Porém, ela era filha bastarda, já que sua mãe era uma camareira, e foi criada como pupila do conde, que nunca a reconheceu como filha. Mesmo assim, por ser vista como pupila, recebeu boa educação e vivia como uma nobre. Tudo muda com o casamento do conde com uma nova mulher, Araminta, que se muda para a casa onde Sophie vivia, com suas duas filhas, da mesma idade que ela, Rosamund e Posy. Infelizmente, algum tempo depois o conde passa dessa para uma melhor. A nova condessa, que nunca gostou de Sophie por ser fruto de uma relação ilegítima, é obrigada a cuidar da menina até seus 20 anos. Em vez de mantê-la na posição que estava, Araminta a relega ao papel de criada, criada esta que trabalhava por 3. Sophie chega aos 20 anos, mas a madrasta não a manda embora, ao contrário, continua humilhando e praticamente escravizando a garota. 

Um belo dia, cansada de tanto sofrimento em sua vida, Sophie consegue entrar as escondidas num aguardado baile de fantasias de Lady Bridgerton. Lá ela conhece o segundo filho da anfitriã, Benedict, que a faz se sentir parte da nobreza, e a trata como um perfeito cavalheiro deve tratar uma dama. Os dois sentem-se atraídos um pelo outro e o amor parece surgir entre eles. Mas tudo é encerrado quando chega a meia-noite, hora que Sophie precisava voltar para casa, para sua antiga vida miserável. No dia seguinte, munido apenas da luva esquecida, Benedict tenta encontrar a mulher que o deixou encantado, sem sucesso. Enquanto isso, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa sair de Londres. O destino faz com que o casal de pombinhos se separe por dois anos.

Durante uma festa na casa de um conhecido, Benedict salva a honra de uma criada que estava prestes a ser atacada pelo dono da casa. A criada é ninguém mais ninguém menos que Sophie. Ela reconhece o homem que a fez se sentir feliz e viva por uma noite apenas e que morava em seus sonhos desde aquele baile, mas ele não sabe quem ela é, pois ela estava mascarada naquele dia e agora estava vestida como uma serviçal. Prometendo ajudá-la a encontrar um novo emprego, Benedict acaba se apaixonando por ela, de novo, sem saber que era a mesma mulher misteriosa que havia tomado seu coração dois anos antes e que ele nunca havia conseguido encontrar novamente, apesar de tanto procurar por ela. Mas a sociedade jamais aceitaria que um homem em sua posição se casasse com uma arrumadeira, e então ele faz uma proposta inconcebível para Sophie: transformá-la em sua amante. Os dois precisam lutar contra o que sentem um pelo outro, ou mandar a sociedade às favas e viver o amor que tanto sonharam. Decisão nada fácil para nenhum dos dois.

Reconheceu essa história em algum momento? Pois é, Julia Quinn fez de Um Perfeito Cavalheiro uma releitura do clássico conto de Cinderela. Conto este que eu sempre amei! E a sua releitura ficou excelente. Dos três livros até agora, este é o meu preferido. Tinha Anthony como irmão Bridgerton favorito, mas Benedict roubou seu lugar. Não vejo a hora de conhecer mais sobre Colin, no próximo volume, outro que até o momento tem os melhores e mais irônicos diálogos. Violet, a matriarca, me surpreende a cada livro, e neste eu pude amar ainda mais essa mãe maravilhosa! 

Adoro romances de época (sim gente, nem só de terror vive o homem), e os de Julia são comparados até mesmo com os da rainha Jane Austen de tão bons que são. A alma de artista e a paixão de Benedict, além do carinho e cuidado que ele tem por Sophie nos faz até esquecer o preconceito que ele tinha em se casar com uma criada. Mas convenhamos que esse preconceito era algo enraizado na sociedade da era Vitoriana, e um casamento como esse poderia trazer muito sofrimento para a própria Sophie, e tudo que ele menos queria era que ela sofresse. Own ♥ Cada livro que passa eu fico ainda mais curiosa para saber quem é Lady Whistledown, a colunista de fofocas mais onipresente e onisciente que eu já vi! Quem é essa mulher gente?? Um Perfeito Cavalheiro é um romance leve e gostoso, um livro perfeito. Boa leitura!

Veja também as resenhas dos primeiros volumes:


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