Título
Original: Faces In The Crowd
Gênero: Suspense
Ano: 2011
Duração: 102 min
Direção: Julien
Magnat
Elenco: Milla
Jovovich (Anna Marchant), Michael Shanks (Bryce), Sarah Wayne Callies (Francine),
Julian McMahon (Detetive Kerrest), Marianne Faithfull (Dr. Langenkamp),
Valentina Vargas (Nina), David Atrakchi (Lanyon).
Prosopagnosia. Nome estranho não é? Mais estranho ainda é o seu
significado, uma doença rara que afeta apenas 2% da população mundial, também
conhecida como Cegueira Facial. Ela costuma ocorrer em lesões cerebrais ou em
doenças neurológicas que afetam uma região do cérebro responsável por nos fazer
reconhecer rostos. As pessoas que sofrem dessa doença apresentam incapacidade
de reconhecimento facial, mesmo familiar. As vítimas desse mal se veem
obrigadas a se apegar a detalhes, roupas, cortes de cabelo e a voz para
diferenciar uma pessoa de outra. Agora tente imaginar se isso acontece com
alguém que foi testemunha de um assassinato e precisa revelar a identidade do
assassino antes de se tornar a próxima vítima?
Esse é o enredo de Visões de um Crime – título ridículo em minha opinião,
seria mil vezes melhor traduzirem o título original ao pé da letra: Rostos na
Multidão. Estrelado por Milla Jojovich (a eterna Alice de Resident Evil), o
filme traz a história de Anna Marchant, uma professora de 30 anos bem sucedida
tanto no emprego quanto no seu relacionamento com Bryce. Parecia uma vida
perfeita até que um belo dia, ou melhor, numa bela noite, Anna resolve retornar
de uma balada com as amigas sozinha e presencia mais um crime do serial killer
conhecido como “Tearjerk Jack” (traduzido como Jack Retalhador – já falei que
eu detesto essas traduções nacionais nada a ver?), que recebeu esse apelido
devido às lágrimas deixadas sobre as vítimas.
Anna é atacada pelo assassino, porém consegue escapar ao cair de uma
ponte em um rio, não sem antes bater com a cabeça no parapeito da ponte. É resgatada
por um mendigo e acorda já no hospital, só que com um problema: não reconhece o
rosto de ninguém, inclusive seu próprio reflexo. E enquanto trabalha com
sua mente para se adaptar ao novo modo de vida, o assassino retorna, disposto a
usar sua rara síndrome para se aproximar e eliminar a única testemunha de seus
crimes.
O filme de fato é muito bom, apesar de ser um suspense leve, não é
daqueles que lhe faz pular da cadeira, roer as unhas e se surpreender com o
final totalmente ao contrário do que você imaginou. Mas é uma boa pedida. Essa
doença realmente foi bem retratada no filme, a meu ver. É terrível de se
imaginar no lugar de Anna, só pelo fato de não reconhecer mais ninguém, seus pais, seu namorado, amigos, alunos, conhecidos, ninguém! Imagine
se você estiver sendo seguido por um assassino que você conhece, mas não
reconhece? Deus me livre!
Seria cômico se não fosse trágico o fato de ela namorar com vários caras
diferentes em um só, já que nem o próprio namorado ela reconhece. Mas no
decorrer do filme Anna foi aprendendo a lidar com seu problema: se ela não pode
reconhecer alguém pelo rosto, precisa focar-se nos detalhes, nos gestos, nos
gostos, na voz de uma pessoa. Por exemplo, ela desenhava num caderno a cor da
gravata que Bryce estava usando no dia para poder saber que era ele depois, e
também se lembrava do fato de que ele nunca acertava dar um nó nas gravatas –
isso foi crucial para Anna, não vou dizer por quê.
O filme ainda serve de conselho para quem pensar em sair de uma balada
com as amigas, e resolver voltar para casa sozinha e a pé, de madrugada, por
lugares isolados e, se ouvir alguma coisa, vai embora, não fique para descobrir
o que é! De mais, acho que só não gostei mesmo da tradução do título, o resto
achei muito bom! Bom filme!
Trailer:
Por Mariana Oliveira
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