15/08/2016

Livro: O Assassino dos Números

Título: O Assassino dos Números
Autor: Marcio Neri
Gênero: Suspense, Romance Policial
Editora: Fragmentos
Ano de Publicação: 2016
Número de Páginas: 280
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥
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"It's more than a feeling (more than a feeling)
When I hear that old song they used to play" ♪

Finalmente chegou o grande dia de resenhar pra vocês este livro! Falamos tanto sobre ele que aposto que vocês ficaram curiosos rs. Marcio Neri, um grande amigo nosso daqui de Jequié, lançou este livro têm poucos dias (você pode conferir o vlog do lançamento aqui), e não resisti em ler O Assassino dos Números assim que pus minhas mãos nele.

Sinopse: John Alexander, professor de Matemática da Universidade de Othonville, percebe ser o interlocutor do Assassino dos Números, um cruel Serial Killer que vem aterrorizando sua cidade e deixando códigos nos corpos. Em meio ao rastro de mortes, ele descobre ser uma possível vítima, e terá pouco tempo para desvendar todo o mistério em torno do homicida, já que os eventos têm uma data certa de término. Com tantas vidas em jogo ele encontra Charles, o chefe da perícia criminal da cidade, e juntos terão que decifrar os sinais deixados nos cadáveres e descobrir qual a relação de John com o sociopata. Muito suspense, ação e romance nesse jogo de ameaças onde cada dia pode custar uma vida.

O livro começa com John Alexander, um jovem professor universitário de matemática, pensando sobre o significado da palavra perder. Ao mesmo tempo em que pensava sobre aquilo que havia perdido e no quanto só queria tomar um banho, comer uma pizza e cair na cama, outro pensamento não saía de sua cabeça: os assassinatos que estavam ocorrendo na cidade de Othon. Não se falava em outra coisa naquela cidade pequena. Para quem não havia dado muita importância a isso logo quando começaram, agora que a última morte acontecera com um rapaz que morava em sua rua, John sentia que as mortes estavam chegando mais perto.

Da primeira morte, apenas a cabeça da jovem assassinada foi encontrada pela polícia. O paradeiro do corpo era desconhecido. Com a segunda e terceira mortes, a polícia começou a suspeitar de um padrão, portanto, que poderia se tratar de um serial killer. O assassino deixava uma sequência de caracteres no peito da vítima, feitos com um objeto pontiagudo. Até o momento ninguém tinha decifrado os códigos. John, um homem que tratava de números todos os dias, ficou intrigado com eles e resolveu analisá-los. 

Para sua surpresa, os códigos de alguma forma pareciam levar até John. O que o assassino queria dizer com aquilo? Queria incriminá-lo? Ou pior, queria indicar que ele seria a próxima vítima? Percebendo que seu pescoço poderia entrar na reta, John Alexander começa a se interessar pelo caso ao ponto de, em alguns momentos, se antecipar à polícia. 

Correndo contra o tempo para salvar sua vida e a vida de todos na cidade que corriam risco, John se alia a Charles, o chefe da perícia criminal da cidade, um homem inteligentíssimo que também conseguiu decifrar os códigos do assassino e chegar até John, e não descansaria até a verdade vir à tona e até que Number - apelido dado por ele ao assassino - fosse pego. Os dois começam a trabalhar juntos para decifrar os sinais deixados nos cadáveres e descobrir o que John Alexander poderia ter a a ver com este assassino psicopata. Mas eles descobrem que essa aliança pode ser perigosa para o próprio John e para a cidade, afinal, Number não parecia ser alguém que se deixaria ser intimidado com essa união. Muitas surpresas aguardam o leitor no final deste suspense policial, onde cada dia pode se tornar fatal.

"Era assustador e interessante o caso de Othon, e como eu gosto de xadrez, gosto de comparar as situações a um jogo. (...) talvez as pessoas desconhecidas fossem os peões (...). Talvez Marcus e Tony fossem meus cavalos de guarda (...). A polícia poderia ser os bispos, prontos para atacar na diagonal caso ele cometa algum erro. Eu seria o rei, pois tenho que ser a peça principal desse jogo que simbolizava sobrevivência. E quem seria minha rainha? Melhor não pensar nisso, a única rainha que preciso proteger é minha vida. Nesse jogo, o que mais importa é impedir o outro jogador que avança brilhantemente sobre os peões, mas cada jogada há uma consequência, e eu ficarei atento às suas."   

Para seu primeiro livro, achei que o Marcio é bastante promissor. Sua escrita é rápida e interessante, e a forma como ele conta a história, com um enredo tão envolvente, é o que faz você devorar o livro. Como recomendação, cito apenas a necessidade de algumas vezes substituir as vírgulas por pontos de segmento, senti que ele se animou tanto em algumas partes que não deu muita importância à isso. Mas acredito que esta parte fique a cargo da editora. Foi um outro ponto que vou deixar aqui, em relação à editora, é essa questão da revisão. Passaram alguns erros ortográficos que podem deixar um leitor mais atento um pouco incomodado. 

Porém, o autor sabe contar uma história tão bem que até uma pessoa com "TOC ortográfico" como eu deixa isso pra lá rs. Já li alguns contos de terror do autor (que ainda serão publicados) e ele já havia me conquistado justamente por isso - rapaz, pense na dificuldade de ir ao banheiro na madrugada depois de ler esses contos rs?. O final foi bastante surpreendente e revelador. Eu havia pensado em inúmeras possibilidades, mas não cheguei tão perto do que foi apresentado, e isso é bom, afinal livros óbvios demais tendem a ser maçantes, o que não é o caso de O Assassino dos Números, definitivamente. Recomendo com total certeza! Boa leitura!

"- E você John, mudou, ou ainda é o mesmo CDF? - Sorriu, e ao mesmo tempo me desafiou com a pergunta.
- Algumas coisas não mudam Michele, mas sim se aperfeiçoam."


P.s.: o trecho de música citado no começo deste post pertence à música More Than a Feeling, da banda norte-americana Boston, que eu adoro e para minha surpresa o autor também, já que colocou no livro hehe. Você pode conferi-la aqui. 

10 comentários:

  1. Muito interessante, fiquei curiosa como foi que identificaram que o primeiro assassinato foi do mesmo Number já que só encontraram a cabeça e os números estavam gravados no peito da vítima. Bom isso é a minha primeira pergunta. Mas tenho várias aqui em minha mente. Ele se inspirou em algum outro caso/livro/filme do gênero? porque me lembre do colecionador de ossos e de Seven! Bom e o livro tem final ou deixou aberto para continuações?

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    1. Oi Adriana, respondendo às suas perguntas: Quando ocorreu a primeira morte ainda não se sabia sobre um assassino em série, após a terceira relacionaram a garota com o padrão dele e daí ligaram os fatos. Quanto as inspirações foram as mais variadas possíveis, desde as investigações de Agatha Christie; a escrita corrida de Dan Brown; a ambientação de filmes como os que você citou (mesmo eu tendo assistido Seven anos depois do livro terminado), sendo um dos meus preferidos "Zodíaco"; a narrativa de Dexter foi algo que me influenciou bastante; a série CSI também.Enfim, inúmeras coisas. Tudo é esclarecido no final, não deixa nada a ser explicado em livros futuros. Caso haja uma continuação, é mais um desdobramento da história. Espero ter respondido tudo. Abraço

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    2. Pronto, Adriana, o autor já respondeu kkkk quando encontraram só a cabeça, ainda não podiam saber que era um serial killer. Só ligaram o caso através de um padrão que começa a ser encontrado mais a frente na leitura, q n posso dizer aqui. Rs o livro finaliza bem encaixado, n deixa nada solto não. Mas bem que eu gostaria que houvesse mais alguma história envolvendo John como personagem principal (ou algum outro personagem, Charles por exemplo, fikdik, Marcio hehe)
      Beijos!

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  2. Mari, ja quero meu exemplar. Como faz??
    Ansiosa por esse livro!

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  3. Adorei a resenha, gosto de ver autores nacionais ganhando espaço num mercado dominado por estrangeiros. CErtamente irá pra minha lista de leituras

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  4. Apesar de eu não gostar de livros de terror, esse me deixou surpreendida pela riqueza de detalhes sobre os assassinatos e a conexão entre elas. Muito interessante! =D

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  5. Gosto muito de livros investigativos,e com códigos para serem decifrados. Fico todo o tempo tentando desvendar os mistérios da trama.Mas nunca consigo, rs .
    Agora falando da capa,nossa ela é assustadora!
    E dá para ter uma ideia do que nos aguarda.
    Ótima dica!

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  6. Gente! não tinha visto mas me pareceu com os livros de Dan Brown.

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