Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 304
Ano: 2015
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥
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"Em toda vida ocorre um momento decisivo. Um instante tão extraordinário, tão claro e tão nítido que temos a sensação de havermos sido golpeados no peito, deixados sem fôlego, sabendo, sabendo, sem a menor sombra de dúvida, que nossa vida jamais será a mesma. Para Michael Stirling, esse momento aconteceu ao pôs os olhos em Francesca Bridgerton."
Esse foi único livro da série Os Bridgertons (que li até o momento) que não me ganhou tanto quanto os anteriores. Dei quatro corações por se tratar de Julia Quinn rs, mas acho que o certo mesmo seriam 03. Sempre elogiei esta saga, mas O Conde Enfeitiçado não conseguiu me enfeitiçar (trocadalho do carilho) como os anteriores.
A história começa antes dos acontecimentos dos dois livros anteriores. Em O Conde Enfeitiçado, finalmente conheceremos Francesca Bridgerton. Praticamente apagada nos primeiros livros, Francesca é a 6º filha da aristocrática e numerosa família Bridgerton, e sempre teve seu jeito reservado e peculiar de ser diferente dos outros membros da família, os quais sempre foram mais extrovertidos e capazes de encantar as pessoas por onde passavam. Quando ela conhece John, o conde de Kilmartin, ela tem a certeza de que seu casamento com ele seria perfeito. Não foi amor a primeira vista, mas o sentimento foi ganhando forma, com o passar do tempo juntos, até ela sentir que sua vida sem John não poderia existir.
"Michael resfolegou, contrariado. Qualquer um que observasse com atenção os olhos de Francesca se daria conta de que possuíam uma cor única. Uma cor da qual o céu não chegava nem perto."
Enquanto isso, conhecemos Michael Stirling, primo e melhor amigo de John. Um belo dia, o libertino com L maiúsculo conhece uma mulher que o faz perder as estribeiras; o problema é que ela era esposa do seu primo, ou seja, Francesca. Apaixonado por ela, Michael se esforça todo o tempo para manter esse amor em segredo. Para tal, se diverte com todo tipo de mulheres, tentando tirá-la da cabeça, sem sucesso. E para piorar, os dois se tornam muito amigos. Mesmo assim, Michael nunca revela seus sentimentos. A dor e a certeza de que a única mulher que poderia deixá-lo feliz jamais seria sua o mantém em uma vida de mentiras: alegre por fora, infeliz por dentro. Mas, como diria "Joseph Climber", a vida é uma caixinha de surpresas.
"Jamais escaparia daquela mulher. E jamais poderia tê-la. (...) Era errado."
"Mas acima de tudo, não esperava que o próprio olhar se direcionasse aos lábios dele. (...) Sempre achara Michael bonito, é claro. Mas era uma beleza que não significava nada para ela. (...) De repente... Ela olhara para ele e vira algo completamente novo. Vira um homem. E aquilo a assustava terrivelmente."
O enredo em si é bastante inusitado: aqui, o romance já começa com a mocinha casada, apaixonada e bem feliz. Só que de repente essa felicidade cai por terra. Algo bem diferente dos outros romances de época, em que, geralmente, o casal protagonista se conhece, se apaixona, rola alguns embates e por fim se casam e são felizes para sempre. Porém, acho que a personalidade reservada de Francesca não me deixou muito apegada a este livro. Sei lá, ela não parecia uma Bridgerton, só fisicamente. Aliás, eu achei o livro todo um tanto quanto melancólico. Sofrência em praticamente boa parte do livro. Já Michael, eu até que gostei dele.
"Enquanto a maioria dos Bridgertons era extrovertida, ela era... Bem, não exatamente tímida, mas um pouco mais reservada, mais cuidadosa com as palavras. (...) Assim eram os Bridgertons. Riam, zombavam uns dos outros e discutiam. As contribuições de Francesca para o alarido geral eram apenas um pouco mais silenciosas do que as do resto, um pouco mais maliciosas e subversivas."
De qualquer forma, este é um livro muito importante para a série e não acho que deva ser deixado de lado. Mas, na minha opinião, não vá com muita sede ao pote. Entretanto, pode ser que você pense o contrário de mim (vi algumas resenhas elogiando e dizendo que amaram a história, cada qual no seu cada qual, não é?). Boa leitura!

Mariana,a história pode até não ser tão incrível. Mas te digo que a resenha foi bem engraçada! :)
ResponderExcluirQue pena que o Conde Enfeitiçado não conseguiu te enfeitiçar ... Rsrs
Eu achei interessante justamente por não seguir o mesmo padrão dos outros livros do gênero.
A "mocinha" da história já ser casada logo no início da história é bem diferente.
Só achei que o Michael demorou muito desde a morte do primo em demonstrar seus sentimentos.
Os romances da Julia Quinn sempre fazem muito sucesso, confesso que nunca li nenhum, porém tenho curiosidade. Gosto de romances bem elaborados e esse é bacana, pois para Michael era impossível ter a mulher que ama, só que por uma ironia do destino, ele vai conseguir, já me veio um filme na cabeça..rs
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