Autor: Agatha Christie
Editora: Harper Collins
Ano: 2016
Número de Páginas: 232 páginas
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Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
"A natureza humana é sempre a mesma, em toda a parte."
Nesta leitura, mais uma vez Miss Marple veio desvendar um assassinato. Desta vez, porém, senti falta de um pouco mais da nossa protagonista sendo tão ativa quanto nas demais histórias que li da rainha Agatha Christie.
Era mais um dia comum na vida do Sr. Fortescue. Mais um dia de trabalho, chá servido pela belíssima srta. Grosvenor, no entanto ao entrar no escritório a moça depara-se com seu patrão morto debruçado sobre a mesa. A perícia descobre que a causa da morte pode ter sido um envenenamento, e uma das poucas pistas encontradas foi apenas 100g de centeio no bolso do paletó da vítima. Todos na mansão Fortescue se tornaram suspeitos, principalmente a viúva que, aparentemente, tinha um caso com seu personal.
O inspetor Neele que foi convocado para cuidar do caso observou os passos de cada um dos familiares do morto, inclusive de seu filho "predileto" que há pouco tempo tornara-se um dos mais prováveis suspeitos. Até a governanta, Srta. Dove, não ficou de fora do olhar analítico do inspetor. A cada pessoa interrogada, seja na mansão ou no escritório, os possíveis assassinos foram aos poucos sendo descartados ou analisados com mais cautela. Em meio à toda essa investigação ele percebeu que os problemas familiares eram maiores do que ele poderia imaginar e que a solução para o caso poderia estar mesmo era na mansão, entre os funcionários e a família Fortescue. Contudo, os olhos de todos estavam mais atentos à sra. Fortescue e ao seu suposto amante.
Neste momento entra a queridíssima Miss Marple, a senhora simpática que veio graças à morte de uma das funcionárias da mansão, esta que antes fora sua empregada em Sta. Mary Mead. Como sempre, a senhora fez contato com todos e a cada conversa descobria algo a mais que foi ajudando o inspetor Neele a desvendar a identidade do verdadeiro assassino.
Na trama, Miss Marple não aparece muito, porém continua como em todas as outras histórias, com seu olhar atento a cada situação em que cada um se impunha. Por exemplo, no fato do filho do meio do senhor Rex Fortescue ser o mais rejeitado até então, e misteriosamente ter se tornado uma âncora para o pai nos últimos meses da sua vida. Ela também sempre fazia visitas à cunhada do Sr. Fortescue que morava na mansão com a família. Esta era outra personagem magnífica que nunca saía do quarto, porém estava sempre atenta e informada sobre cada passo que davam dentro da casa, ajudando assim Miss Marple em sua investigação particular.
Mais uma vez não tenho do que reclamar, a Rainha do Crime não deixou a desejar nas pistas e nas reviravoltas da trama, levando-nos a um final surpreendente. Confesso que fiquei com uma certa pena de uma das personagens pela situação na qual ficou. E, mais uma vez, Agatha Christie mostrou que o amor nem sempre é verdadeiro, mas a pessoa pode ter usado a outra para um plano mal e bem arquitetado.
Adoro Agatha Christie A Miss Marple é uma personagem fascinante, mesmo quando ela faz só uma pontinha, dá um clima diferente à narrativa.
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