07/08/2012

Livro: O Exorcista


Livro: O Exorcista
Autor: William Peter Blatty
Editora: Nova Fronteira
Ano: 1971
Número de Páginas: 324
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
“Regan jazia tensa, de costas, o rosto banhado em lágrimas e contraído de terror, agarrando-se às beiras da cama estreita.
_Mamãe, porque que ela está sacudindo? – gritava. – Faça ela parar! Ai, to com medo! Faça ela parar! Mamãe, por favor, faça ela parar!
O colchão da cama estremecia violentamente para trás e para frente.”

Um dos livros de terror mais famosos do mundo, O Exorcista do escritor americano William Peter Blatty conta três enigmáticas histórias ao mesmo tempo: a de um padre chamado Merrin, líder de uma escavação arqueológica no Iraque, a de uma menina de onze anos chamada Regan McNeil, que começa a sofrer uma inexplicável doença, e a do padre Karras, um jesuíta e psiquiatra que atravessava um conflito íntimo de falta de fé provocado pela perda recente da mãe.


Quando o Padre Merrin estava em uma escavação arqueológica no norte do Iraque a fim de estudar antigas relíquias, jamais imaginou o que poderia encontrar. A descoberta de uma estatueta do demônio Pazuzu, um semideus da cultura suméria real, e uma moderna medalha de São José se justapõem curiosamente, promovendo uma série de presságios que alertam o religioso de que em breve terá um confronto com um mal poderoso. Ao mesmo tempo, em Georgetown vive a atriz Chris McNeil com sua filha de 11 anos Regan, uma bela garotinha alegre, que de repente mostra-se malcriada e cheia de distúrbios aparentemente psicóticos, que a deixam doente.

A mãe leva a garota a todos os melhores médicos e psiquiatras da cidade, sem obter sucesso sobre o que se trata a doença de Regan. Enquanto isso, a cada dia que passa, a garota vai ficando cada vez pior, apresentando perturbadoras alterações físicas e psíquicas, sem explicações. Como última esperança, Chris procura um jesuíta local, o padre Damien Karras, que também é psiquiatra, pois acredita que sua filha possa estar possuída por demônios, apesar de ser ateísta. O padre Karras nesse momento está passando por questionamentos sobre sua própria fé, tentando entender se realmente acredita em Deus, depois da morte de sua mãe. Quando ela espera encontrar o apoio necessário para fortalecer a sua fé, a fé na cura de sua filha, aquele que poderia indicar esse caminho lhe deixa em choque ao evidenciar sua descrença em possessão e no próprio Deus e Diabo.

O padre, desacreditando que a menina esteja mesmo possuída, analisa a doente seguindo as regras da ciência, mas se depara com o desconhecido, não conseguindo responder todas as questões que se passam em sua cabeça, nem entender que outro tipo de coisa poderia ser a causa da doença de Regan, se não uma possessão.

Aí é que a história começa a ficar interessante, pois Karras resolve enfim pedir ao bispo a permissão de realizar o exorcismo em Regan. Este porém acha melhor que o padre apenas acompanhe o ritual, deixando o trabalho pesado para alguém mais experiente no assunto, e convoca o recém chegado aos EUA, o Padre Merrin, aquele que estava lá no Oriente Médio, para ser o exorcista. Tem início então uma série de confrontos entre o demônio e os sacerdotes, que implicam grande desgaste físico e espiritual.

Quem viu o filme, sabe o final, e realmente é semelhante. Quem não lembra da cena em que Linda Blair  desce as escadas parecendo uma aranha? E aquela em que gira a cabeça em 360º? Tudo isso e muito mais tem realmente no livro. Mas não vou contar aqui o fim porque é falta de educação e spoiler.

Dizem que o livro é mais medonho que o filme. Não sei. Ambos são assustadores em determinados pontos. Achei o livro mais medonho enquanto não se sabia o que acontecia com Regan. Depois que se descobre que ela está mesmo possuída por um demônio, o medo diminui mais. Ainda é terrível, mas o desconhecido amedronta mais o ser humano do que aquilo que ele tem conhecimento. Mas recomendo o livro muito mais que o filme, claro, possui muito mais informações que não aparecem no filme. Blatty diz ter se baseado em um caso de possessão real, de um garoto de 13 anos chamado Ronald, realizado em Mount Rainier, no estado de Maryland, e cujo sofrimento durou cerca de seis semanas, e teria terminado em 19 de abril de 1949. Essa é pra você que só viu o filme: leia o livro, sentirá muito mais calafrios e os cabelos em pé! Favorito, please! Boa leitura... e bons sustos!


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