Autor: Diana Gabaldon
Editora: Saída de Emergência
Número de Páginas: 800
Ano de Publicação: 2004
Minha avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ (posso por mais?)
"Você é sangue do meu sangue, e carne da minha carne. Eu lhe dou o meu corpo e nós dois deveremos ser um. Eu lhe dou o meu espírito, até que a nossa vida acabe."
Você, caro leitor assíduo do blog, deve se lembrar da minha resenha sobre um novo seriado do canal Starz, que conta a história de uma mulher que viaja no tempo para o século XVIII numa Escócia cheia de clãs e guerras contra os ingleses. Outlander é seu nome. Pois bem, esse seriado foi baseado nas obras de mesmo nome da escritora Diana Gabaldon, que começa pelo primeiro volume (óbvio) traduzido como A Viajante do Tempo.
Confesso que só me interessei para ler depois de começar a assistir os episódios. Antes nunca tinha sequer ouvido falar. Depois não parei mais. Quem me conhece sabe do meu interesse por História e coisas de época, então assim que ouvi falar do seriado comecei a assistir (aguardo o fim do hiato em abril ;/) e procurei pelos livros. Até o momento são 8 volumes. Em A Viajante do Tempo conhecemos Claire Beauchamp Randall, uma enfermeira casada que havia prestado seus serviços durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto seu marido fora convocado para o campo de batalha. Em 1945, com o fim da guerra, Claire pôde finalmente voltar para os braços do seu amado marido, Frank Randall, um historiador que estava obcecado por estudar sua árvore genealógica até o famoso Capitão Jonathan Randall do século XVIII.
Como ambos foram separados pela Guerra durante a lua de mel, seis meses depois do fim da guerra, os dois resolvem refazê-la numa viagem para uma pequena cidade da Escócia, Inverness. Frank aproveita a viagem para descobrir um pouco mais sobre o Capitão Randall, enquanto Claire estuda as espécies de plantas do lugar, seu novo passatempo. Porém, parece haver entre a esposa e o marido um distanciamento muito maior do que aquele causado pelos anos de guerra. Mesmo assim os dois tentam manter o fogo do casamento. Os dois passeiam pela cidade e arredores, visitam ruínas históricas e um lugar mítico, um círculo de pedras chamado Craig na Dun, que fora utilizado para rituais druidas. Eles descobre que, apesar do catolicismo, os costumes continuam os mesmos e na época do Beltane (um ritual celta que acontece em abril), os dois visitam o local escondidos para apreciar os rituais. Num outro dia, Claire resolve retornar sozinha ao local a procura de uma flor diferente. O que ela não podia imaginar é que aquele misterioso lugar era cercado de uma estranha magia. Uma magia que num piscar de olhos a levou para 1743 em um cenário quase fictício não fossem os tiros e soldados por todos os lados.
Claire olhava atônita para tudo aquilo quando deu de cara com um oficial inglês vestido a caráter mas com a cara de Frank. Já imaginou olhar para alguém igualzinho ao seu marido, mas que não é seu marido? Foi aí que ela descobriu, da pior forma, que aquele era Black Jack Randall, ou seja, o Capitão Jonathan Randall, antepassado de Frank. Da pior forma, porque ele ao vê-la num simples vestido até os joelhos, tentou estuprá-la. Só não conseguiu porque foi atacado por um escocês, que acaba por sequestrar Claire e a leva até o esconderijo de seus companheiros. Lá chegando, sua alma de enfermeira fala mais forte e ela resolve ajudar um pobre
Dividida entre sua vida com Frank em 1945 e aquela época do século XVIII que até então ela só conhecia nos livros, Claire se envolve cada vez mais com Jamie e todo o seu passado com o temível Capitão Black Jack Randall, cuja alma era tão negra quanto o seu próprio apelido. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente? Ou se entregar de vez a esse novo mundo, cheio de perigos, intrigas, guerras e sem antibióticos e chuveiros, mas também tão fascinante, com um povo sofrido e uma paisagem exuberante, onde dava para ver as estrelas a noite porque não tinha luz elétrica, e onde reside um certo ruivo escocês que fazia seu coração bater mais forte?
Essas e outras questões são respondidas lendo A Viajante do Tempo. Como diria Marta e Elaine, duas amigas minhas, essa obra é um crack literário de tão viciante. Diana deve ter feito algum pacto com o demo porque consegue prender nossa atenção do início ao fim do livro, faz você desejar que Craig na Dun exista (que meu namorado não leia isso), escreve de uma forma que você devora as 800 páginas num estalar de dedos.
"Tem viagem no tempo, tem romance, tem cenas quentes, tem drama, tem lutas, intrigas, ódio e perversidade e tem cenas horríveis de castigos e estupros. Mas, Diana escreve tudo isso de forma tão mágica que você lê, lê e lê mais um pouco e só faz suspirar. Tudo é tão intenso que você pensa o dia inteiro e ainda sonha à noite com as passagens do livro." Quem Lê Faz Seu Filme
Então eu não preciso dizer que recomendo essa história. E claro, recomendo também o seriado, que ficou perfeito, as atuações de Caitriona Balfe e Sam Heughan (aiai...) como Claire e Jamie são ótimas, os sotaques ingleses e escoceses divinos, fotografia, figurino e trilha sonora mais divinos ainda. Segue o trailer abaixo. Boa leitura!
Trailer:
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