Título: O Gamo-Rei - As Brumas de Avalon Livro 3
Autor: Marion Zimmer Bradley
Editora: Imago
Ano: 2008
Número de Páginas: 211
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥
"Deite fora seu filho ou mate-o ao nascer; o que acontecerá com o Gamo-Rei quando o novo gamo crescer?"
A resenha de livro de hoje é uma homenagem ao Dia da Mulher (ontem, 08/03). As Brumas de Avalon é uma saga escrita por Marion Zimmer Bradley que conta história da lenda do Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Renda sob a perspectiva das mulheres daquela corte. Basicamente de 5 mulheres mais importantes: Igraine, Morgause, Gwenhwyfar, Viviane e Morgana. No primeiro livro conhecemos Igraine, irmã de Morgause e Viviane, mãe de Morgana e Arthur. Igraine era casada com o rei Gorlois com quem teve Morgana, mas sua irmã Viviane, a Senhora do Lago e Grande Sacerdotisa de Avalon, lhe revela que ela será mãe de um novo Grande Rei, Artur, com outro homem, Uther Pendragon. Enquanto isso, Viviane leva Morgana, quem tem o dom da Visão, para a ilha de Avalon, para lhe ensinar a ser uma sacerdotisa fiel à Deusa e futuramente ocupar seu lugar como Grande Sacerdotisa e Senhora do Lago. Passam-se alguns anos, e alguns acontecimentos importantes também, chegamos ao ponto da narrativa do terceiro livro.
Gwenhwyfar (ou Guinevere) é a grande rainha da Bretanha, esposa do Grande Rei Artur. Casou-se por determinação do pai, mas era apaixonada pelo primo de Artur, o cavaleiro Lancelote. Ela não conseguiu dar um filho e herdeiro para o marido, o que gera sérias consequências políticas para o reino de Camelot. Sua frescura, chatice dedicação ao cristianismo acaba colocando Artur, e com ele toda a Bretanha, sob a influência dos padres cristãos, apesar do seu juramento de respeitar a velha religião de Avalon. Seu distanciamento de Avalon provoca o descontentamento de Morgana e Viviane, já que o Grande Rei deve honrar o juramento que fez e ser digno de continuar levando na bainha a poderosa Excalibur. Enquanto isso, Viviane já não é mais uma jovem sacerdotisa, mas continua lutando por aquilo em que acredita. E, diante do afastamento de Morgana, ela se vê obrigada a escolher uma nova Senhora do Lago. No entanto, a jovem escolhida Niniane não parece estar à altura dos conhecimentos e poderes de Morgana.
Morgause, esposa do rei Lot, tia de Artur e Morgana, se torna a mãe adotiva de Gwydion, fruto de um incesto entre Morgana e Artur, que ocorreu durante um ritual para a escolha do Gamo-Rei (como são chamados os reis escolhidos pela Deusa para governar a Bretanha fiel à Avalon). Gwydion já crescido, com sua personalidade manipuladora e sentimentos conflituosos, é levado para ser educado em Avalon. Morgana cada vez mais se vê gostando menos de Gwenhwayfar, e, devido a essa rivalidade, acaba tendo que se casar com o velho rei Uriens de Gales, apesar de ter se apaixonado pelo enteado, Acolon. Enquanto A Grande Rainha tem mais partes narradas por Gwenhwayfar (o que o deixa mais cansativo por isso, ô mulherzinha insuportável essa Gwenhwayfar!), em O Gamo-Rei Morgana se destaca mais, trazendo o seu renascer como sacerdotisa digna de Avalon, sua devoção pela Deusa e sua luta incessante para manter os ensinamentos e rituais vivos.
Esse terceiro livro foi o mais interessante até o momento para mim. Trata-se, acima de tudo, da história do conflito entre o cristianismo, representado por Gwenhwayfar, e da velha religião de Avalon, representada por Morgana. Uma leitura cheia de emoções e conflitos, a busca de Morgana pela sacerdotisa que ainda existe em si, a personalidade de seu filho Gwydion, entre outros pontos importantes. O Gamo-Rei nos traz uma importante incógnita: o que acontecerá ao Gamo-Rei quando o jovem gamo estiver adulto? Só lendo para saber! Recomendo e boa leitura!
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