Título: O Diabo de Milão
Autor: Martin Suter
Editora: Planeta
Ano: 2008
Número de Páginas: 314
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥
Onde Comprar:
"Quando no verão se fizer outono, quando de dia se fizer noite, quando em água arder a brasa, quando amanhecer à décima segunda badalada. Quando o pássaro se tornar peixe, quando o animal se tornar homem, quando a cruz apontar para o sul, só então pertencerás a mim."
Este foi um livro que sim, me deixou magoado e ao mesmo tempo a história me prendeu do início ao fim. Neste livro o autor traz a protagonista Sônia, que é fisioterapeuta, no entanto no momento ela não estava trabalhando na sua área. Depois de acordar de uma "viagem" de LSD, ela decidiu mudar de vida e voltar a exercer sua profissão. Mudar de vida, de endereço e se desapegar do passado sombrio com seu esposo Frédéric que tentou mata-la há algum tempo.
Sônia conseguiu um emprego como fisioterapeuta no luxuoso Hotel Gamander na cidade de Val Grisch, e lá decidiu mudar de vida juntamente com seu periquito, Pavarotti. Após conhecer a simpática Bárbara Peters, que seria sua patroa, e seus demais colegas de trabalho, a personagem acreditou que ali teria a chance de iniciar uma caminhada feliz em sua vida. Porém algo de estranho aconteceria com ela depois daquele dia confuso na boate: Sônia começou a ver as cores dos odores, sentir o toque dos sons e coisas mais que, posteriormente, ao conversar com um hóspede do hotel ela descobre que tem a ver com sinestesia.
Quando tudo parecia que ia bem na cidade, mesmo com as estranhezas dos moradores, o clima sempre chuvoso e sua situação como sinestésica, ela encontra um livro na biblioteca do hotel e ao lê-lo, ela conhece a história da lenda do Diabo de Milão. Sua paz é atingida não somente pela história que lê, mas também pelos acontecimentos estranhos que começam a cercar o hotel e sua patroa, a qual ela julga de antemão que é a própria pessoa que possa ter feito um pacto com o Diabo de Milão. Sônia começa a expor sua desconfiança com a relação dos fatos versus a lenda, e compartilha com seu amigo Manuel.
A história que, para mim, poderia terminar em um terror ou algo mais místico, mais profundo, acaba se enveredando para um suspense que envolve a personagem e outros que nem mesmo ela poderia imaginar estarem envolvidos nesses acontecimentos. O relacionamento com o pianista do hotel é algo que traz à mente de Sônia a pequena chama de esperança para permanecer ainda naquele lugar, e as conversas com sua amiga Malu acabam sendo o conforto das suas noites mais sombrias.
O final tem um desfecho surpreendente. Confesso que, quando a personagem diz quase ao fim da história "cheguei a sentir pena dela pela primeira vez na vida", eu também cheguei a sentir pela personagem em questão. E também as relações que dantes eram de desconfiança se tornam relações de compaixão e compreensão.
Acredito que o autor poderia ter explorado mais sobre a sinestesia na história, fato que ele traz somente como algo para envolver os fatos e acontecimentos com as sensações que a personagem sentia, algo que, particularmente, achei bastante interessante. Portanto, a leitura é válida, a história é bastante cativante e a cada página o desejo por descobrir quem ou o que era o Diabo de Milão se torna cada vez mais intenso. E por fim, na história nada parece ser o que realmente é.
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Autor: Martin Suter
Editora: Planeta
Ano: 2008
Número de Páginas: 314
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥
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"Quando no verão se fizer outono, quando de dia se fizer noite, quando em água arder a brasa, quando amanhecer à décima segunda badalada. Quando o pássaro se tornar peixe, quando o animal se tornar homem, quando a cruz apontar para o sul, só então pertencerás a mim."
Este foi um livro que sim, me deixou magoado e ao mesmo tempo a história me prendeu do início ao fim. Neste livro o autor traz a protagonista Sônia, que é fisioterapeuta, no entanto no momento ela não estava trabalhando na sua área. Depois de acordar de uma "viagem" de LSD, ela decidiu mudar de vida e voltar a exercer sua profissão. Mudar de vida, de endereço e se desapegar do passado sombrio com seu esposo Frédéric que tentou mata-la há algum tempo.
Sônia conseguiu um emprego como fisioterapeuta no luxuoso Hotel Gamander na cidade de Val Grisch, e lá decidiu mudar de vida juntamente com seu periquito, Pavarotti. Após conhecer a simpática Bárbara Peters, que seria sua patroa, e seus demais colegas de trabalho, a personagem acreditou que ali teria a chance de iniciar uma caminhada feliz em sua vida. Porém algo de estranho aconteceria com ela depois daquele dia confuso na boate: Sônia começou a ver as cores dos odores, sentir o toque dos sons e coisas mais que, posteriormente, ao conversar com um hóspede do hotel ela descobre que tem a ver com sinestesia.
Quando tudo parecia que ia bem na cidade, mesmo com as estranhezas dos moradores, o clima sempre chuvoso e sua situação como sinestésica, ela encontra um livro na biblioteca do hotel e ao lê-lo, ela conhece a história da lenda do Diabo de Milão. Sua paz é atingida não somente pela história que lê, mas também pelos acontecimentos estranhos que começam a cercar o hotel e sua patroa, a qual ela julga de antemão que é a própria pessoa que possa ter feito um pacto com o Diabo de Milão. Sônia começa a expor sua desconfiança com a relação dos fatos versus a lenda, e compartilha com seu amigo Manuel.
A história que, para mim, poderia terminar em um terror ou algo mais místico, mais profundo, acaba se enveredando para um suspense que envolve a personagem e outros que nem mesmo ela poderia imaginar estarem envolvidos nesses acontecimentos. O relacionamento com o pianista do hotel é algo que traz à mente de Sônia a pequena chama de esperança para permanecer ainda naquele lugar, e as conversas com sua amiga Malu acabam sendo o conforto das suas noites mais sombrias.
O final tem um desfecho surpreendente. Confesso que, quando a personagem diz quase ao fim da história "cheguei a sentir pena dela pela primeira vez na vida", eu também cheguei a sentir pela personagem em questão. E também as relações que dantes eram de desconfiança se tornam relações de compaixão e compreensão.
Acredito que o autor poderia ter explorado mais sobre a sinestesia na história, fato que ele traz somente como algo para envolver os fatos e acontecimentos com as sensações que a personagem sentia, algo que, particularmente, achei bastante interessante. Portanto, a leitura é válida, a história é bastante cativante e a cada página o desejo por descobrir quem ou o que era o Diabo de Milão se torna cada vez mais intenso. E por fim, na história nada parece ser o que realmente é.
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