Autor (a): Douglas Adams
Editora: Sextante
Número de Páginas: 192
Ano de Publicação: 2004
Pense na minha surpresa quando percebi que eu nunca havia escrito uma resenha para o Guia do mochileiro das galáxias! Cara, eu to sem palavras até agora e com uma imensa vontade de me estapear. Este livro é tão popular entre a classe "nerd" que até foi criado o Dia da Toalha (dia 25 de maio, pra quem não sabe. Outra curiosidade é que algumas pessoas reivindicam esse dia como Dia do Orgulho Nerd por ser a data do lançamento do primeiro filme da série Star Wars, o Episódio IV: Uma Nova Esperança, de 1977.), uma referência direta a história e seus pormenores. Mas chega de enrolação e vamos ao que interessa!
Sinopse: Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse.Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, este livro vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado. Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.
O Guia do mochileiro das galáxias é a maior enciclopédia do universo, e tem escrito na sua capa uma frase muito importante: Não entre em pânico. O britânico Arthur Dent não sabia da existência desse livro até um dia muito fatídico,no qual sua casa seria demolida para a construção de uma rua, e o planeta Terra foi destruído para a construção de uma via intergaláctica.
Mas ué, se a Terra foi destruída, como é que o Arthur sobreviveu? Bom, Arthur não sabia, mas seu melhor amigo Ford Prefect era um alienígena, e, graças a Ford, os dois escaparam segundos antes da Terra virar história. Eles pegaram carona em uma nave Vogon. Não demora muito e eles são descobertos pelo líder da Frota de Demolição, Prostetnic Vogon Jeltz, que os expulsa e os deixa à mercê da sorte no Cosmos.
Os dois, porém, em um lance de extrema ventura, são resgatados pelos comandantes da nave Coração de Ouro. Aí eles passam a conviver com outros personagens significativos: Zaphod Beeblebrox, que preside a Galáxia (e agora é procurado pelo rouba da nave Coração de Ouro), e Trillian, ex-habitante da Terra que também conseguira fugir ao lado de Zaphod; e Marvin, o robô que tem por hábito desvalorizar a vida, vive depressivo e tem uma mente artificial genial.
Os dois, porém, em um lance de extrema ventura, são resgatados pelos comandantes da nave Coração de Ouro. Aí eles passam a conviver com outros personagens significativos: Zaphod Beeblebrox, que preside a Galáxia (e agora é procurado pelo rouba da nave Coração de Ouro), e Trillian, ex-habitante da Terra que também conseguira fugir ao lado de Zaphod; e Marvin, o robô que tem por hábito desvalorizar a vida, vive depressivo e tem uma mente artificial genial.
Esse grupo inusitado navega pelo Cosmos á procura de uma compreensão essencial da Vida, do Universo e de Tudo Mais. E pra quem está se perguntando qual é a resposta, é 42. Não entenderam? Junte-se ao clube amigo, porque pra descobrir a pergunta que gera essa resposta vai demorar um tiquinho. Uma das primeiras coisas que aprendemos também é a importância da toalha!
"O Guia do Mochileiro das Galáxias faz algumas afirmações a respeito das toalhas. Segundo ele, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido ao seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kabrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você - estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um estrito (isto é, um não-mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete, lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante, repelente, capa de chuva, traje espacial, etc., etc. Além disso, o estrito terá prazer em emprestar ao mochileiro qualquer um desses objetos, ou muitos outros, que o mochileiro por acaso tenha "acidentalmente perdido". O que o estrito vai pensar é que, se um sujeito é capaz de rodar por toda a galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim saber onde está a sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.Daí a expressão que entrou na gíria dos mochileiros, exemplificada na seguinte frase: "vem cá, você sancha essa cara dupal, o Ford perfect? Tai um mingo que sabe onde guarda a toalha." (Sancha: conhecer, estar ciente de, encontrar, ter relações sexuais com; dupal: cara muito incrível; mingo: cara realmente muito incrível)".
- O Guia do Mochileiro das Galáxias, Capítulo 3
Douglas Adams consegue mostrar o universo de um jeito irreverente e com pitadas de ironias na hora certa. Uma obra que merece ser lida e relida. Eu gostei bastante e recomendo. A principio para alguns desavisados, a leitura pode parecer confusa, pois há vários cortes na narrativa e acréscimos um tanto inusitados.
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