07/10/2015

Livro/Filme: Tubarão



Informações do Livro:
Título: Tubarão (Jaws)
Autor: Peter Benchley
Editora: Darkside Books
Ano de Publicação: 1974
Número de Páginas: 276
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

"O conjunto de dentes mastigou seu torso triturando ossos, carne, pele e órgãos, transformando-os numa geleia.

Informações do Filme:
Título: Tubarão (Jaws)
Gênero: Thriller, Terror, Suspense
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Roy Scheider (Martin Brody), Robert Shaw (Quint), Richard Dreyfuss (Matt Hooper), Lorraine Gary (Ellen Brody), Murray Hamilton (Larry Vaugh), Carl Gottlieb (Meadows), Jeffrey Kramer (Hendricks), Steven Spielberg (voz do rádio), Susan Backlinie (Chrissie Watkins), Chris Rebello (Michael Brody), Jay Mello (Sean Brody), Jeffrey Voorhess (Alex Kintner).
Ano de Lançamento: 1975
Duração: 124 minutos
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ 

"Vamos precisar de um barco maior." - Martin Brody (Roy Scheider)

Hoje trago uma forma de resenha diferente aqui no blog. Será uma resenha sobre o livro e o filme ao mesmo tempo. Já que estamos no #OutubroDasTrevas, resolvi matar dois coelhos com uma cajadada só (sinto pena dos coelhinhos com esse ditado) e toda vez que ler um livro que tenha uma adaptação cinematográfica ou televisiva, farei a resenha de ambos. Vou logo avisando que serão feitas comparações e posso sim soltar alguns SPOILERS. O escolhido da vez foi Tubarão (Jaws, em inglês - mandíbulas), de Peter Benchley, livro que foi republicado recentemente aqui no Brasil pela diva Darkside Books ♥, e adaptado para os cinemas por Steven Spielberg em 1975. O filme virou um clássico do cinema e sucesso de bilheteria, concorreu ao Oscar de Melhor Filme e ganhou a estatueta de Melhor Trilha Sonora, Melhor Montagem e Melhor Som. Então, para embalar nossa resenha, nada melhor que trilha sonora ganhadora e mundialmente conhecida, que gela os ossos toda vez que se escuta, criada por John Williams. Vamos lá?

Excelente toque de celular para o número do chefe...

Sinopse: Devore ou seja devorado Você não está vendo, mas ele está lá no fundo, observando suas pernas se mexerem nas águas turvas. A mais perfeita máquina assassina da natureza, o predador que mantém seu posto no topo da cadeia alimentar desde a época dos dinossauros. Um torpedo de carne, ossos e dentes. Não há para onde fugir. Se você sempre devorou livros, chegou a hora da revanche. Tubarão é o clássico romance de Peter Benchley que deu origem ao primeiro blockbuster de Steven Spielberg. Mas, mesmo antes do sucesso na telona, o frenesi alimentar de Jaws se transformou num fenômeno de vendas. O best-seller internacional foi o principal responsável em elevar a fera de barbatanas dorsais ao status de perfeita encarnação do mal. Se já existiu um bicho-papão na natureza, ele está dentro d’água. A história se passa em Amity, um balneário ficcional situado em Long Island, Nova York. Quando o corpo de uma turista é encontrado na praia o chefe de polícia Martin Brody ordena o fechamento das praias da região.

No livro de Peter Benchley, conhecemos a pequena cidade (fictícia) de veraneio, Amity, em Long Island, Nova York. Cidade essa que tem o azar de ser a escolha de um peixe marinho para almoço. Um tubarão branco gigante ameaça a paz e tranquilidade da cidade, justamente no começo do verão, próximo as festividades do 4 de julho, época em que a cidade se enche de turistas. Uma turista resolve mergulhar nas águas calmas de Amity numa madrugada. Foi a primeira a ser atacada e morta pelo grande predador marinho. O xerife Martin Brody é informado do caso e ao encontrar os restos mortais da moça na areia, pensa em fechar as praias da cidade. Mas os manda-chuvas da região, liderados pelo prefeito Larry Vaugh, pressionam o xerife para que abafe o caso e não feche ainda as praias, com a desculpa de que uma notícia dessas poderia afastar a maior fonte de renda da cidade: os turistas. Brody desconfia que Larry esteja envolvido em mais coisa cabeluda do que se imagina, para preferir que a população fique sem segurança. O mais estranho é que, devido as condições climáticas da praia nessa época do ano, um peixe como este não deveria aparecer ali. 

Infelizmente, mais três ataques acontecem em outros dias, levando ao desaparecimento de um garoto e a morte de um idoso e um pescador. Dessa vez, nada pode impedir Brody de fechar as praias. Ainda pressionado pelo prefeito, Brody convida um ictiologista, Matt Hooper para ajudar nas investigações do caso. Hooper, analisando as mordidas nos corpos, declara espantado que nunca vira um tubarão branco tão grande como esse. Por acaso, Hooper era o irmão mais novo de um ex-namorado da esposa de Brody, Ellen Brody. Ellen, que acredita que seu casamento entrou em desgaste, acaba por se interessar por Matt, com quem transa um certo dia. Brody, sem ter certeza disso, cria uma antipatia recíproca por Hooper, que rende várias discussões calorosas no livro. Enquanto isso, contrariando as expectativas, a cidade começa a receber alguns turistas interessados em ver o grande monstro marinho. Brody, se sentindo acuado por todos os lados - os turistas que queriam usar a praia, os moradores e autoridades que queriam a liberação das praias para continuar lucrando e os que queriam que fosse tomada uma decisão sobre o que fazer com o tubarão-, acaba por decidir que era hora de contratar alguém com experiência em caçar tubarões: o insano Quint e seu barco Orca. Brody, Quint e Hooper iniciam uma caçada mortal ao peixe, que pode terminar em consequências desastrosas.


O filme segue o mesmo enredo, porém cortando o romance entre Ellen e Hooper e os envolvimentos com a máfia local do prefeito Vaugh, e acrescentando um tubarão "menor" que foi morto e todos os moradores acreditavam que era aquele, pressionando Brody a abrir as praias no 4 de julho. Ele o faz, e mais uma vez o grandão ataca. No filme, Hooper e Brody não se desentendem, pelo contrário, se tornam amigos. Nessa edição da Darkside, o autor comenta que quando foi escolhido para escrever o roteiro, lhe pediram que cortasse "tudo o que vai apenas dispersar a atenção", ou seja, que deixasse o foco do filme no tubarão, em linha reta, sem distrações. No filme, o tubarão é o grande vilão, porém no livro, foi apresentado de forma mais sutil, sendo deixado de lado nas partes em que o foco era a vida dos moradores de Amity.


Hoje sabemos que tubarões não atacam seres humanos porque querem sua carne, não fazemos parte da sua cadeia alimentar. Na verdade, o peixe nos confundem com outros animais, focas por exemplo, então quando mordem e percebem que não somos, largam. Só que ai o estrago já foi feito. Contudo, em 19754-75, com o lançamento dessa história e o sucesso do filme, os tubarões acabaram sendo vistos como criaturas malignas por muitos anos. O próprio Benchley reconhece, em nota do livro, que não o escreveria hoje em dia; os tubarões eram sua paixão de infância, mas com todo o estudo que fez sobre o animal durante todas essas décadas, disse que:
"... jamais demonizaria um animal, especialmente um que é muito mais antigo e muito mais bem-sucedido em seu habitat do que o homem foi ou um dia será, um animal que é vitalmente necessário para o equilíbrio da natureza no mar, e um animal que iremos - se não mudarmos nossos comportamentos destrutivos - extinguir da face da Terra." - Benchley, 2005.
 Eu amei esse livro. Já tinha assistido o filme há muitos anos e tornei revê-lo recentemente, para fazer as comparações. Mas o livro é muito melhor. E essa edição limitada em capa dura da Darkside é uma coisa de maravilhosa. Destaco a capa, com a bocarra aberta do tubarão, as folhas com as laterais avermelhadas, as imagens dentro do livro de tubarões nadando, e claro, o marcador de páginas em formato de barbatana, genial! Do filme, destaco a música, excelente, e o tubarão mecânico, que mesmo tendo aparecido mais no final, foi muito bem feito para uma época onde computação gráfica era quase nula. Bom filme e boa leitura!


Trailer:



Imagens do livro (clique para uma melhor visualização):








6 comentários:

  1. Oii, sempre adorei esse filme, já sabia que tinha lançado o livro, estou esperando para lê-lo e assistir de novo também, adorei o blog, estou te seguindo. Bjos.

    http://yuugracindo.blogspot.com.br/

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  2. Meu niver ta chegando Mari, acho digno vc me dar de presente <3

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  3. Oi Mari! Darkside faz um trabalho maravilhoso com seus livros. Desejamos possuí-los só por para exibirmos por aí, não é mesmo? Mas é claro que o conteúdo não fica a desejar. São histórias incríveis. E mais uma vez vemos isso nesse livro Tubarão.
    Já assisti ao filme e é maravilhoso. Eles focaram bem no caos que o tubarão branco trazia á cidade. Surpreendente! Ainda não li o livro nem tinha lido a resenha, mas gostei de saber que vale a pena ser lido e que diferente do filme focou mais na vida dos moradores de Amity.
    Amei sua resenha e me fez adicionar em minhas próximas leituras.
    Bjs!

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  4. Oi, Mari. Eu não tenho muito interesse em ler os livros e assistir ao filme Tubarão, creio que se eu fizer ambos nunca mais entro em uma praia, haha. A estória é muito bem feita, causando arrepios até em opiniões citadas por blogueiros, como você. Confesso que gostei mais da resenha do filme, principalmente pois contou-nos um pouco mais de ação e curiosidades, cortando o romance. Continuo vendo os tubarões como animais malignos até hoje. "Excelente toque de celular para o número do chefe...", kkkkk, morto.

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  5. Eu já assisti um filme relacionado a tubarões, pode até ter sido esse, da adaptação do livro, mas não tenho certeza, dava medo, mas como foi citado por você na resenha, agora sabemos que não estamos na cadeia alimentar dos tubarões.
    Pretendo ler o livro e assistir o filme.

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