Série: Os Bridgertons vol. 7
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 270
Ano: 2016
Minha Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
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"Gareth não conseguia se lembrar da última vez em que alguém lhe falara de forma sincera. Isso sem contar Hyacinth, é claro. Ela sempre dizia o que lhe vinha à cabeça. Mas, ao mesmo tempo, nunca se revelava por completo, nunca se mostrava vulnerável."
Mais um livro da família Bridgerton! Mais um filho! Ou melhor, filha! Em Um Beijo Inesquecível, vamos conhecer a história da caçula Hyacinth, o terror da família! Toda a alta sociedade londrina concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton. De uma sinceridade mordaz e inteligência cruel, desde criança ela já mostrava a que veio. Hyacinth cresce e se torna uma bela moça, porém forte e determinada, do tipo que não leva desaforo para casa, muito tagarela, e que fala o que pensa, sem medo e sem se deixar podar pelas milhões de regras que a sociedade de sua época impunha.
"Gareth não conteve um sorriso. Jamais conhecera alguém como Hyacinth Bridgerton. Era vagamente divertida, vagamente irritante, mas não se podia deixar de admirar quanto era espirituosa." p. 29
Por conta disso, Hyacinth já está em sua quarta temporada de bailes da elite, e até o momento, nenhum rapaz lhe despertou interesse. Bem, na verdade, nenhum rapaz parecia ter coragem de se deixar afeiçoar por ela, justamente por causa de seu temperamento. Mas aí, durante um certo recital de uma certa família Smythe-Smith (que nós já conhecemos bem o desastre que é), Hyacinth conhece o belo Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Sim, Hyacinth é super amiga da senhora mais franca, feroz e ranzinza (e que nós amamos, é claro) da sociedade. Ambas com temperamentos parecidos, só podia gerar amizade. Apesar da fama de libertino, Gareth e Hyacinth coneseguem manter uma conversa e, por incrível que pareça, ele consegue deixá-la sem fala. Gareth é inteligente, educado e mantém uma difícil relação com seu pai, que, abertamente, demonstra não ter por ele qualquer afeição.
"Ninguém entendia por que Hyacinth visitava Lady Danbury toda terça-feira para ler, mas ela apreciava as tardes passadas com a condessa. Lady Danbury era rabugenta e excessivamente franca, e Hyacinth a adorava.
- Vocês duas juntas são uma ameaça - observou Penelope.
- Meu objetivo de vida - anunciou Lady Danbury - é ser uma ameaça para o maior número de pessoas possível, logo considero esse o maior dos elogios, Sra. Bridgerton." p. 19
Hyacinth tem o costume de ler para a velha senhora todas as tardes de terça-feira, e numa dessas tardes, enquanto liam mais um capítulo de um romancezinho bobo, Gareth aparece na casa da avó portando um diário de sua outra avó, a mãe de sua mãe. Só que o diário está escrito em italiano, e, olha só que coincidência do destino, Hyacinth é a única dos três que entende de italiano. Considerando o rapaz um desafio que deve ser resistido e enfrentado, Hyacinth se oferece para traduzir o diário. O que ela não esperava era que durante essa tradução, fosse descobrir segredos que poderiam decidir o futuro de Gareth.
"- Os homens precisam ser laçados para se casarem, quer se deem conta disso ou não. E eu pareço ser completamente desprovida dessa capacidade.
Ele abriu um sorriso torto.
- Está querendo dizer que não joga sujo e que não é sonsa?
- Eu sou as duas coisas. Só que não sou sutil." p. 37
Em contrapartida, a menor das preocupações de Gareth St. Clair naquele momento era encontrar uma esposa. Quando mais novo, 10 anos antes dos acontecimentos narrados no livro, Gareth fora convidado por seu pai a se retirar de sua casa, pois havia se recusado a casar-se com uma moça escolhida pelo pai apenas para aumentar a fortuna da família e salvá-los dos problemas financeiros que começavam a surgir devido a má administração do velho St. Clair. O relacionamento entre os dois já não era dos melhores, e com a recusa de Gareth, ele finalmente descobre o que levava o pai a tratá-lo com tanto desprezo. Com a morte de seu irmão mais velho, pela lei, tudo que pertencia ao pai, títulos, bens e, obviamente, dívidas, seriam deixados para Gareth. A não ser que o velho resolvesse revelar para a sociedade a verdade sobre a origem do filho mais novo, o que poderia ser ruim tanto para Gareth quanto para o pai, e portanto, por enquanto, o velho mantinha-se silencioso, apenas aproveitando-se de cada oportunidade que se encontrava com o filho publicamente para atacá-lo com repulsividade.
"- Tinha alguma coisa interessante a dizer?
Ele sorriu e Hyacinth sentiu aquele sorriso se irradiar até os dedos dos pés.
- Eu sou sempre interessante.
- Agora você está só tentando me assustar.
(...)
-Srta. Bridgerton, o diabo em pessoa não conseguiria assustá-la." p. 38
Com toda essa situação em sua cabeça (a morte do irmão, o desprezo do pai, suas finanças que não iam bem, já que o pai parara de lhe bancar depois da briga de 10 anos antes, seu futuro incerto), as descobertas de Hyacinth no diário da sua avó italiana lhe dão um novo rumo de possibilidades. Os dois acabam por desenvolver uma amizade e até trocam confidências e quebram regras sociais. Mas o que Gareth menos esperava estava acontecendo: ele estava se apaixonando por Hyacinth.
"Olhou para a mãe e viu uma matriarca, uma mulher que amava a família com uma ferocidade que levava às lágrimas. Naquele instante, Hyacinth percebeu que desejava amar com aquela ferocidade. Queria filhos. Queria uma família." p. 60
Eu fiquei super apaixonada por esse livro. O cargo de minha Bridgerton preferida foi assumido por Hyacinth sem sombra de dúvidas (na versão masculina, mantenho Colin)! Longe de ser como as mocinhas comuns, nossa heroína não possui papas na língua quando tem uma opinião a ser emitida. Desde os livros anteriores, sempre que ela aparecia, já víamos um pouco dessa sua "sutileza". O sétimo volume da série é recheado de aventura, o que o faz sair da "mesmice" da maioria dos romances de época. A personalidade forte do casal principal - os dois são teimosos, determinados e muito irônicos - diferencia o livro dos demais, e pra mim foi uma das minhas melhores leituras da série. Essa é a característica da escrita de Julia Quinn, sempre nos surpreendendo, mesmo escrevendo num gênero que contém tantos clichês. Com certeza, Julia é uma das melhores escritoras de romance da atualidade, babo ovo mesmo dessa diva! rs Boa leitura!
Oi, Mariana.
ResponderExcluirCom o envolvimento da Hyacinth nessa tarefa, em ajudar o Gareth, acho que ela será capaz de enxergar um outro lado dele e conhecê-lo mais a fundo!
Espero começar a ler essa série em breve!
Olá!
ResponderExcluirJulia Quinn, sendo Julia Quinn. A rainha dos romance de época, eu já obtenho os dois primeiros livros e quero muito ler o livro. Esse tem uma historia bem interessante e a personagem tem uma personalidade incrível, espero ler em breve.
Meu blog:
Tempos Literários
Mariana, realmente criar histórias bem diferentes em romances de época que geralmente são clichês,é um trabalho árduo.E pela resenha vejo que mais uma vez a Júlia Quinn conseguiu.
ResponderExcluirAdorei o sarcasmo da "mocinha" Hyacinth!
E imagino como os diálogos devem ser interessantes entre o futuro casal.
Esse é mais um livro desejado por mim. :)
Olá Mariana,
ResponderExcluirEu já li dois livros dessa autora e gostei muito deles e então comprei o primeiro livro dessa série pra ler, mas por falta de tempo não comecei. Acho que vou comprar todos os livros da série antes de começar a ler
Eu estou terminando de ver a série Dois projetos e o próximo livro que eu vou ler é esse não tô com tanta de expectativas assim porque já vi muita gente falando que não é um dos melhores livros da Julia Quinn Então é isso Acabou com toda minha alegria de continuar a série porque disseram que daqui para frente a situação só desanda
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